Governo da Bahia negocia compra de vagões do VLT com Mato Grosso

Bahia

O governo da Bahia negocia com o estado do Mato Grosso a compra de vagões e locomotivas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que foram adquiridos para a implantação do modal que previa interligar  a capital Cuiabá e Várzea Grande, na região metropolitana matogrossense.

 

As informações foram inicialmente publicadas pelo site Gazeta Digital e confirmadas pela reportagem do Bahia Notícias junto a Casa Civil, que participa das tratativas. 

 

Em nota, a pasta informou que o Tribunal de Contas da União (TCU) criou um Grupo de Trabalho (GT) com objetivo de facilitar as negociações. O GT é coordenado pelo TCU e formado por representantes dos dois governos estaduais, além dos Tribunais de Contas da Bahia e do Mato Grosso, que terão 30 dias para apresentar uma solução. 

 

Neste mês, o Executivo baiano anunciou o rompimento do contrato com o consórcio Skyrail Bahia, composto pelas empresas Build Your Dreams (BYD Brasil) e Metrogreen, para a implementação do VLT do Subúrbio. A rescisão aconteceu de forma amigável. De acordo com a gestão estadual, a decisão se deu após avaliação de propostas de reequilíbrio contratual apresentadas pela Skyrail.

 

Já o ministro da Casa Civil, Rui Costa, sinalizou que o projeto pode ganhar um valor de R$ 800 milhões do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) caso haja uma nova licitação do Governo do Estado. 

TROCA POR BRT
Licitada por R$ 1,477 bilhão, a implantação do VLT teve início em 2012, mas apenas sete dos 22 km previstos foram construídos. A obra foi abandonada ao longo dos anos sob suspeita de irregularidades. 

 

Em 2017, a Polícia Federal deflagrou a “Operação Descarrilho”, que revelou esquemas de corrupção no processo licitatório, o que levou o governo a rescindir o contrato com o consórcio formado pelas empresas CR Almeida, CAF, Santa Bárbara e Magna.

 

Em 2020, o governador Mauro Mendes (União) decidiu alterar o projeto para implementar o modelo de transporte rápido por ônibus (BRT). Segundo o gestor, a operação do BRT é menos custosa que a do VLT, o que permitirá ao operador cobrar dos usuários uma “tarifa mais acessível”. 

 

Em março deste ano, o Consórcio Construtor BRT Cuiabá – novo responsável pela obra – começou a retirada dos trilhos que darão lugar a um novo corredor viário.

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