ACM NETO SEGUE A PRÁTICA CARLISTA COM CHAPA DE HERDEIROS DE ELITE E DOMÍNIO DA COMUNICAÇÃO COMO FAZIA SEU AVÔ

Bahia

Embora Antônio Carlos Magalhães Neto, mais conhecido por ACM Neto não queira ser chamado de herdeiro do carlismo, época em que o avô mandava e desmandava na Bahia, e foi alcunhado de “Antônio Malvadeza”, as suas ações não diferem das do avô, neste início de campanha.

ACM Neto montou uma chapa totalmente de elite, assim como seu avô fazia e, na sua visão toda cúpula de Salvador e Região Metropolitana deve e tem o direito total de governar a Bahia através de um mapa, como sempre foi no Carlismo, controlando também a comunicação.

A família Magalhães, de Neto, é detentora dos maiores veículos de comunicação do estado, incluindo canais de rádios, TVs, jornais, portais na internet dentre outros.

Como se não bastasse, também de forma premeditada colocou a empresária Ana Coelho, que dirige a TV Aratu, proprietária de inúmeros veículos de comunicação, como vice em sua chapa. Além disso, o próprio partido da vice, o Republicanos é ligado à Igreja Universal, que detém a Record na Bahia. Ou seja, dos grandes canais só a Band ainda não está sob domínio do grupo.

Como se não bastasse, os 10 maiores blogs da Bahia também têm constantemente publicado peças publicitárias das prefeituras de Salvador e Feira de Santana, o que não deixa dúvidas sobre o fato de que serão utilizados como mais uma força para ampla divulgação das ações carlistas no decorrer da campanha.

O grande risco que essa situação apresenta é o fato de que, com o poder de comunicar concentrado nas mãos de poucos, a informação pode facilmente ser manipulada e repassada da maneira que melhor se aproveitar ao grupo. Além disso, a verba da publicidade parece já ter destino certo: não há razão para contratar fora do grupo, quando há todo tipo de veículo de comunicação à disposição dos herdeiros de oligarquias.

Outra prática Carlista bastante conhecida é a do “dossiê”. Segundo fontes próximas à Neto, teria sido este o artifício usado pelo herdeiro do Carlismo para conseguir manter Zé Ronaldo no grupo, uma vez que é sabido que o ex-prefeito ficou muito chateado com a escolha da vice e pretendia apoiar João Roma (PL).

Chama a atenção, contudo, o fato de que Neto não parece valorizar aqueles que estão com ele desde os tempos de seu avô, como aconteceu com Zé Ronaldo, e o fato de que ele, ainda jovem, é o mais velho de sua chapa. Aliados mais experientes não veem como um ponto positivo a desvalorização da Lealdade por parte do ex-prefeito de Salvador.

Mas, assim como acontecia com seu avô nos tempos mais duros do Carlismo, ninguém parece ter coragem de contrariar o herdeiro da família Magalhães, condutor do grupo político e candidato ao governo do Estado.

Escrito por Auréllio Alaveres – Cientista Politico

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