Prefeitura usa 75% da verba contra enchente prevista para este ano
Salvadorpor Lucas Arraz / Matheus Caldas
Antes das chuvas que causaram transtornos à Salvador na última terça-feira (26), a prefeitura havia usado 75,36% da verba prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) para evitar enchentes e deslizamentos de terra na capital baiana.
Segundo previsto no texto, a gestão municipal teria disponível o montante de R$ 232.604.513 para construção de encostas e mobiliário urbano e gastou R$ 175.290.096. Os dados foram disponibilizados pela prefeitura ao Bahia Notícias pela Casa Civil. O menor orçamento empregado em obras para evitar enchentes foi o investido na requalificação do sistema de macro e microdrenagem. A prefeitura empenhou 57,45% do que tinha disponível para limpeza de canais e bueiro – o valor corresponde a R$ 23,8 milhões dos R$ 41,5 milhões disponibilizados.
Segundo o chefe da Casa Civil da prefeitura, Luiz Carreira, o gasto, apesar de distante do total, não se configura como “tímido”. “Parte dos recursos empregados para limpeza de canais e bueiros foi o que ficou como restos a pagar do ano passado. Não é uma rotina. Gastamos R$ 100 milhões com a manutenção da cidade. Não é uma manutenção tímida. O importante é que os recursos estão equacionados e vamos ter sempre condições de rapidamente responder a demandas do prefeito ACM Neto”, disse ao Bahia Notícias.
Ele ainda indicou que, “dependendo da necessidade”, poderiam ser liberados mais recursos dentro do orçamento, como o que será feito para o pagamento do auxílio de emergência dado a vítimas das enchentes. “Esses gastos são os que estão previstos no orçamento. A gente acaba liberando mais recursos, caso necessite. É o que vai acontecer com o auxílio-aluguel e o emergencial. Estamos liberando uma parcela dos recursos de acordo com a necessidade”, explicou.
Outros investimentos, em contrapartida, foram utilizados quase que em sua totalidade – conservação do sistema de microdrenagem limpeza de canais (92,12%), realização de ações da defesa civil (87,22%) e concessão de oferta de benefícios eventuais e assistenciais (86,84%).
Confira os dados detalhados abaixo: