Cassado pelo TSE em 2020, Marcell Moraes é nomeado para cargo na prefeitura de Salvador

Salvador
Cassado pelo TSE em 2020, Marcell Moraes é nomeado para cargo na prefeitura de Salvador

Foto: Reprodução / Instagram

Sem mandato político desde o final de 2020, quando foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-deputado estadual Marcell Moraes ganhou um cargo na prefeitura de Salvador nos últimos dias. Ele foi nomeado para exercer o cargo em comissão de Assessor Especial IV, grau 58, com atuação na Secretaria de Governo, em ato publicado no Diário Oficial do Município da última terça-feira (1º). Marcell foi visto recentemente em uma entrega promovida pela prefeitura.

 

Em 2020, o TSE decidiu pela cassação de Marcell por unanimidade, após ele ser acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2018. Com a decisão que cassou o diploma, ele perdeu o mandato e está inelegível por oito anos (até 2026), já que começaram a ser contados a partir de 2018 .  No processo, o deputado estadual foi acusado de realizar em 2018, no período pré-eleitoral, campanhas de vacinação e castração de cães e gatos, a preços baixos ou gratuitamente, em vários municípios baianos. A partir disto, o então candidato à reeleição para a AL-BA realizava exposição de sua imagem, atrelada aos serviços prestados.

 

“O grande estado da Bahia teve seu mapa esquadrinhado por campanhas de vacinação e castração. Fazia em áreas públicas com enorme divulgação, a procedimento veterinários por preços módicos. Em um ano  eleitoral, eleitores da Bahia tiveram acesso gratuito a serviços caros, sempre com a imagem do deputado e nome do deputado estadual. É patente o caráter do abuso e da desigualdade. Distribuir uma benesse que custa R$ 1 mil por R$ 53”, apontou o vice-procurador Geral da República, Humberto Jacques, representando o Ministério Público Eleitoral à época.

 

Ainda na ocasião, a defesa de Marcell pontuou que o mero exercício filantrópico, antes até do período de campanha, não gera abuso de poder. “Em nenhum os serviços foram gratuitos. Não há provas cabais que os eventos eram financiados pelo recorrido. Se baseia no depoimento de uma única testemunha. Não houve gravidade para desequilibrar o pleito eleitoral”, declarou o advogado do ex-parlamentar.

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