Bruno garante que base ‘está pronta’ para nova eleição na CMS e faz mistério sobre chapa
SalvadorA eleição da mesa diretora da Câmara Municipal de Salvador para o biênio 2023/2024 – realizada em março deste ano – ainda está repercutindo, já que o caso foi levado até o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo União Brasil, partido do prefeito Bruno Reis e do ex-prefeito ACM Neto. Com a medida cautelar concedida à sigla pelo ministro Nunes Marques, os efeitos da eleição na CMS foram suspensos. Questionado pelo Bahia Notícias sobre as discussões para uma eventual nova eleição na Casa Legislativa, o prefeito garantiu que sua base está pronta para apresentar uma chapa.
“Nós estamos prontos, preparados, para se tiver uma nova eleição apresentar um nome e uma chapa, nossa base terá uma candidatura à presidência e entendemos que seja justo que possa ser algum vereador integrante da base. As discussões estão em curso, mas estamos preparados, a qualquer hora que possa ocorrer, a gente poder apresentar nossa chapa completa para ocupar a mesa diretora”, disse o gestor municipal na manhã desta sexta-feira (14) em evento realizado no Centro de Convenções, na Orla da capital.
Nos bastidores, o vereador Kiki Bispo (União) aparece como um dos principais nomes para uma possível disputa pela presidência da Câmara. O nome do edil já era ventilado antes mesmo do processo de eleição do biênio 2023/2024 ter sido antecipado pelo atual presidente, o vereador Geraldo Júnior (MDB). Provocado sobre o tema, Bruno Reis não preferiu não citar vereadores que estão sendo cotados pela base. “O nome, quando vier a ocorrer a eleição, iremos dentro de critérios objetivos, decidir e apresentar aos vereadores e a cidade”, resumiu o prefeito.
Conforme publicado pelo BN no último dia 6 de outubro, após parecer do STF, os efeitos da eleição na Câmara foram suspensos. O processo reconduziu Geraldo Júnior ao cargo de presidente e Carlos Muniz (PTB) na vice-presidência. Há ainda outro cenário, já que Geraldo é candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT) e caso seja eleito no dia 30 de outubro, uma nova eleição para a mesa diretora da Câmara será realizada, independente do entedimento do Supremo sobre o caso.
Em nota enviada à imprensa na ocasião, Geraldo reforçou que a decisão será do plenário da Corte. “A própria decisão proferida pelo ministro Nunes Marques consigna que ela está condicionada ‘ad referendum do Plenário'”, disse. Ainda conforme as informações, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) estava pautada para julgamento no plenário virtual da Suprema Corte, com início no último dia 7 de outubro e término previsto para o dia 17. No entanto, um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes suspendeu a decisão final por tempo indeterminado.