Procurador-geral de Justiça do RJ tem derrota inédita em votação interna para o cargo
BrasilO procurador-geral de Justiça licenciado do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, perdeu a eleição interna para tentar a recondução ao cargo no ano que vem. A procuradora Leila Costa obteve 485 votos, 48 a mais do que o adversário na disputa.
Esta é a primeira vez que um concorrente em busca da recondução não lidera a votação entre os membros da Promotoria fluminense.
Os dois vão compor a lista tríplice, junto com a promotora Somaine Cerruti (126 votos), a ser enviada ao governador Cláudio Castro (PL). Pela legislação, ele pode escolher qualquer um dos três, embora haja uma tradição histórica de nomeação do mais votado.
Mattos se comprometeu a apoiar a mais votada. Cerruti não firmou o mesmo acordo, tendo dito apenas que não faria negociação política pelo cargo.
O futuro procurador-geral será o responsável por tentar reabrir a investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”.
O dia também foi de surpresa no Tribunal de Justiça do estado com a vitória do desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo para a presidência da Corte. Com 99 votos, ele superou Luiz Felipe Francisco, com 70 votos, que tinha o apoio do presidente Henrique Figueira e do ex-presidente Luiz Zveiter.
Na Defensoria Pública, o clima é de tensão para a nomeação da futura defensora-pública geral. Castro se reuniu com as três indicadas na lista tríplice. Há o temor de que o governador não escolha Patrícia Cardoso, a mais votada, quebrando a tradição do órgão.
A terceira colocada internamente, Sheila Soares, deu sinais de que poderia aceitar a nomeação.
Guilherme Seto/Folhapress