Presidente do PSDB baiano vê com preocupação expulsão de Aécio antes de condenação

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Ex-senador é réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça

Breno Cunha
Foto: Agência Câmara
Foto: Agência Câmara

 

possível expulsão do deputado federal Aécio Neves do PSDB é um assunto que divide os principais líderes da legenda.

Enquanto o diretório paulista apoia a saída do ex-senador do ninho tucano, outros polos regionais adotam cautela quanto à medida, uma vez que o ex-senador ainda não tem condenação por corrupção.

Presidente do PSDB baiano, o deputado Adolfo Viana, colega de Aécio na Câmara Federal, pontuou que o partido tem meios para avaliar o assunto com isenção, como o Conselho de Ética, por exemplo.

O parlamentar mostrou preocupação, no entanto, com a possibilidade de Aécio ser expulso do PSDB sem ter sido condenado pela Justiça.

“Tenho muita preocupação no sentido de condenar a pessoa antecipadamente [com a expulsão]. O partido tem que avaliar em que pé está isso daí. Ele não foi condenado pela Justiça, então vejo com preocupação uma condenação antecipada do partido”, frisou ao bahia.ba.

“Mas temos o Conselho de Ética e a Executiva Nacional e farão a avaliação. […] Uma vez [ele] sendo condenado, aí já é outra história”, completou.

Aécio é réu por corrupção passiva e tentativa de obstrução judicial no âmbito das investigações da força-tarefa da Lava Jato, em São Paulo. No ano passado, em abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia tornado o então senador réu pelos mesmos crimes.

Ele foi acusado em junho do ano passado, em denúncia da Procuradoria Geral da República, de pedir propina de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, dono da J&F, em troca de favores políticos. A defesa dele nega as acusações.

Pressão dentro do PSDB

Em julho, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), foi enfático ao afirmar que deve deixar a legenda caso Aécio permaneça filiado. “Ou eu ou ele”, disparou. O diretório municipal da capital paulista chegou a enviar um ofício à executiva nacional pedindo a expulsão do tucano.

Também em julho, o diretório tucano de Salvador prometeu se reunir para discutir o tema. A reportagem não conseguiu contato com a presidente municipal do partido, Cristiane Correia.

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