Nísia é pressionada a trocar ‘número dois’ do Ministério da Saúde

Brasil

Na mira do Centrão e com a gestão criticada até pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, tem sido pressionada a trocar seu secretário executivo, Swedenberger Barbosa. Até dentro do PT há reclamações de que ele não tem apresentado habilidade política para lidar com a pressão de deputados e senadores, interessado nas emendas parlamentares da pasta.

Conhecido como “Berger”, Swedenberger Barbosa, porém, tem força no PT e é uma indicação direta do próprio Lula. O “número dois” de Nísia foi assessor especial do presidente em seu segundo governo. Antes disso, trabalhou como secretário executivo de José Dirceu na Casa Civil no primeiro governo Lula. Ou seja, apenas o próprio presidente poderia deliberar sobre a exoneração de Berger.

No Palácio do Planalto, a avaliação é que melhorias na área da saúde poderá melhorar a popularidade do governo, hoje em queda.

Enfrentamento à dengue amplia fritura da equipe do Ministério

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, também sofre com o fogo amigo pela gestão da crise da dengue. Na reunião ministerial da última segunda-feira, 18, Lula cobrou Nísia Trindade por uma resposta rápida à doença e ao abandono dos hospitais federais no Rio. No mesmo dia, ela demitiu o secretário de Atenção Especializada, Helvécio Magalhães.

Para aliados do governo, um freio de arrumação na pasta o quanto antes será fundamental para reduzir a artilharia sobre Nísia Trindade. Se deixar para depois, alertam esses interlocutores, o “custo” da pacificação pode subir e a abertura de espaço para o Centrão se tornaria inevitável.

 

Eduardo Gayer/Estadão

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