‘Não se cogita plano B’ à indicação de Eduardo, afirma Ernesto

Brasil

Ernesto Araújo

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse na noite desta terça-feira (16) que apoia a indicação do deputado e filho do presidente brasileiro Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) a embaixador em Washington, e que o governo “não cogita um plano B” para o cargo. Araújo classificou a indicação como excelente. “Considero um nome capaz de ajudar a consolidar as coisas que a gente está tentando fazer”, disse ele em Santa Fé, na Argentina, onde participa da cúpula do Mercosul. O chanceler destacou o fato de que Eduardo tem boa relação com a família do presidente Donald Trump, o que seria uma vantagem. “O acesso, na diplomacia, é muito importante. O embaixador precisa muito ser próximo das lideranças do país onde trabalha e o Eduardo certamente tem isso a seu favor.” Sobre as críticas que surgiram com a nomeação, Araújo disse que a discussão em torno do filho do presidente surgiu porque “as pessoas estão prestando muita atenção no governo neste começo de mandato, o que é ótimo em sociedades democráticas”. A possibilidade de um dos filhos de Trump vir a ser embaixador no Brasil foi descartada pelo ministro, que contou ter tomado conhecimento do assunto pela imprensa. No entanto, ele afirmou que seria “algo interessante se se materializasse”. Ele também descartou uma negativa ao nome de Eduardo pelo governo dos EUA, que tem, como todos os países, a prerrogativa de aprovar os embaixadores estrangeiros que servirão em seu território — embora o gesto seja raro. “Já estão sendo dados sinais de que é uma ideia muito bem-vinda”, disse ele.

Folha de S. Paulo

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