Ministro compara caso Eduardo com promessa não cumprida de embaixada em Israel

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Luiz Eduardo Ramos, novo ministro-chefe da Secretaria de Governo

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, avalia que a intenção do presidente Jair Bolsonaro de indicar um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), como novo embaixador do Brasil nos Estados Unidos “deu polêmica” e poderia ter sido comunicada na próxima semana, após a votação em segundo turno da reforma da Previdência no plenário da Câmara. “Deu polêmica, reconheço, saiu na imprensa. Agora vamos aguardar. Poderia ter anunciado na semana que vem? Talvez, durante o recesso parlamentar”, disse o ministro durante café da manhã com jornalistas, nesta sexta-feira, 11, no Palácio do Planalto. Ele disse que o presidente Jair Bolsonaro “tem esses momentos”, lembrando da promessa não cumprida de transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. “O presidente tem esses momentos. Ele não disse da embaixada em Jerusalém? Deu a maior confusão. E ela está onde hoje? Em Tel Aviv”, declarou Ramos. Ramos afirmou que a declaração do presidente, sober Eduardo, “deu margem” para que oposicionistas usassem o anúncios sobre Eduardo para a tirar o foco da votação dos destaques da reforma, que entrou pela madrugada e ainda não foi concluído. “Eu assisti até de madrugada a votação na GloboNews e na TV Câmara e citaram a nomeação. Deu margem para o pessoal falar”, considerou. O ministro afirmou que soube da possível indicação pela imprensa e que não faz juízo de valor sobre o assunto. Também defendeu que o presidente tem direito de manifestar esse tipo de intenção e que a eventual decisão “não contraria a lei”, pois já houve outras indicações políticas. “Não tenho juízo de valor para dizer se concordo ou discordo. Vamos aguardar o desenrolar dos acontecimentos. Se for confirmado, Eduardo é um jovem preparado e de valor.”

Estadão

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