Ministra da Saúde cita “jogo de pressão”, e Padilha diz que pasta não está na cota de nenhum partido

Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse nesta segunda-feira (19) que cabe ao presidente Lula (PT) definir quem serão os titulares dos ministérios. Ela citou “jogos de pressão” e defendeu uma pasta mais técnica para coordenar as ações de saúde num país desigual e diverso como o Brasil.
A declaração foi dada em meio à cobiça do partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pelo comando do Ministério da Saúde.
Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o presidente deixou claro que a pasta não está na “cota partidária de qualquer partido”.
“Nós vivemos, como diz o cientista político Sérgio Abranches, um presidencialismo de coalizão, ou seja, ganha-se a eleição presidencial, mas não se tem maioria parlamentar. É normal, faz parte da política jogos de pressão, críticas. O que é muito importante estarmos conscientes neste momento: meu cargo é um cargo de confiança do presidente Lula. Ele e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que foram eleitos. Cabe a ele definir a manutenção ou não dos ministérios”, disse Nísia à CNN Brasil.
“Mas olhando como alguém como eu, que tem uma trajetória na saúde, eu vejo que o setor da saúde sofreu fortemente nos últimos tempos. Com isso ganhou uma consciência social da importância de ter um Ministério da Saúde, e que ele recupere seu papel de coordenar as ações num país tão desigual e tão diverso”, acrescentou.

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