Lula indica que priorizará mulheres em indicações ao STJ, avaliam ministros

Brasil

Logo ao chegar no encontro com ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça) nesta segunda-feira (19), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou a baixa presença de mulheres entre os magistrados da corte.

“Vamos ter que trabalhar mais com elas”, disse o petista, segundo o relato de magistrados presentes.

A declaração foi lida por ministros como um indicativo de que Lula pretende priorizar a nomeação de mulheres para o tribunal superior. Elas ocupam seis das 32 cadeiras, sendo uma delas a atual presidente, Maria Thereza de Assis Moura

Lula tem sido criticado por priorizar homens brancos a montagem de seu ministério. Até o momento, a única mulher indicado e ainda não oficialmente é a cantora Margareth Menezes para o Ministério da Cultura.

Como a Folha mostrou, Lula poderá indicar até oito ministros para o STJ ao longo de seus quatro anos de governo. Inicialmente, era dada como certa a nomeação três magistrados devido às aposentadorias de Laurita Vaz, Assusete Magalhães e Antônio Saldanha. Eles completam 75 anos até 2026.

No entanto, outros três já indicaram que podem deixar a corte antes de chegarem à idade limite prevista em lei. Um deles é Jorge Mussi, que antecipou a aposentadoria e se despediu do STJ também nesta segunda, minutos antes do encontro com Lula.

Mussi aproveitou o momento para destacar que deixa o tribunal 15 anos após ter sido nomeado pelo próprio Lula. Ele relatou ter pensado em antecipar mais sua aposentadoria, mas optou por esperar para permitir que o petista escolhesse seu substituto.

Estiveram presentes 25 dos 32 magistrados. Os dois ministros indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), Paulo Domingos e Messod Azulay, não participaram por motivos de saúde. Paulo Sergio passou por uma cirurgia ortopédica e ainda está hospitalizado. Já Messod Azulay teve uma crise de sinusite.

De acordo com ministros ouvidos pelo Planalto, a conversa transcorreu de forma descontraída. Lula ressaltou que pretende retomar uma relação institucional entre Executivo e Judiciário.

 

Juliana Braga/Folhapress

Deixe sua avaliação!

Mais Notícias de Brasil