Isolamento de Bolsonaro se reflete nas redes, diz estudo

Brasil

O isolamento do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde que perdeu a eleição para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 30 de outubro, refletiu-se fortemente na queda de sua participação em redes sociais.

A conclusão é de monitoramento da .MAP, agência de análise de dados que examina uma amostra extraída de um universo de 1,4 milhão de posts diariamente, em publicações abertas de Twitter e Facebook.

Menções ao presidente somaram apenas 295 mil publicações na semana de 10 a 16 de novembro, o equivalente a 6,4% do universo analisado. Bolsonaro se recolheu desde a derrota, sem presença em eventos públicos ou mesmo nas lives com apoiadores.

No mês de outubro, em comparação, foram 41,9 milhões de postagens relativas a Bolsonaro.

Na direção oposta, Lula somou 19,6% de participação em postagens no período, o equivalente a 904,9 mil publicações. No mês de outubro, foram 21,9 milhões de posts do petista.

O levantamento também mostra crescimento na opinião pública não militante, passada a eleição. Os chamados “nem nem”, ou seja, pessoas que não se colocam como lulistas ou bolsonaristas, ampliaram de 27% para 57% sua participação nas redes, tratando de temas como o combate ao racismo.

A agência identificou também recuo de postagens sobre política, que caiu de 76,6% de participação nas postagens em outubro para 44,2% em novembro. Temas vinculados ao bem-estar passaram de 17,8% para 54,3% no período.

 

Fábio Zanini/Folhapress

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