‘Grupo de invasores era treinado’, diz chefe da Polícia Legislativa sobre ato golpista no DF

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O diretor de Segurança da Câmara dos Deputados, Adilson Dias, responsável por chefiar a Polícia Legislativa, avalia que os radicais bolsonaristas que atuaram no atentado terrorista nos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro, tinham treinamento profissional.

“Participei da linha de frente da Polícia Legislativa durante as manifestações de 2013, por exemplo, e posso garantir que a grande diferença entre os dois atos é que desta vez o grupo de invasores era treinado”, disse ele em entrevista ao jornal O Globo.

“Eles sabiam o que faziam, agiam de maneira orquestrada. Em 26 anos na polícia, nunca vi algo parecido em termos de planejamento. Eles aguentaram o confronto por três horas e usaram técnicas, como pegar as nossas mangueiras anti-incêndio para lavar os rostos após inspirarem gás”, acrescentou, apontando que os bolsonaristas estavam preparados para lidar com bombas e tinham conhecimento prévio de onde deveriam atacar para causar maiores danos.

Dias apontou ainda que os golpistas demonstraram conhecer as instalações do Congresso Nacional buscaram atalhos ao percorrer os corredores do prédio. “Sabiam onde ficavam as centrais elétricas e telefônicas, que foram atacadas. Tentaram destruir a central de monitoramento também. E a sequência dos fatos deixa claro que é provável o conhecimento desses acessos”, relatou o diretor de Segurança da Câmara.

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