Glenn diz que Moro está desesperado e garante que não irá deixar o Brasil
Brasil247 – “Isso: eu poderia deixar o Brasil a qualquer momento e fazer esse jornalismo e publicar esses documentos dos EUA ou da Europa. Mas eu não vou. Vou ficar. Por que? Porque conheço táticas desesperadas de intimidação, como as que Moro está usando, e sei que eles não têm nada”, escreveu o jornalista Glenn Greenwald, que passou a ser sendo investigado pela Polícia Federal após denunciar a fraude processual comentida por Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Lula. Confira abaixo seu tweet e também a reportagem da Sputinik:
A Polícia Federal (PF) pediu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informações sobre as movimentações feitas pelo jornalista americano Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, de acordo com informações publicadas pela página O Antagonista.
A nota postada na tarde desta terça-feira afirma que o objetivo do pedido da PF – corporação equivalente ao FBI e que é subordinada ao ministro Sergio Moro – é verificar qualquer movimentação suspeita que possa estar relacionada à invasão de celulares de integrantes da Operação Lava Jato.
Ainda de acordo com O Antagonista, Greenwald só será investigado em caso de existir algum indício que ele possa ter participação no que a página chama de “serviço criminoso” por encomenda.
A publicação da nota gerou reações. Em sua página no Twitter, Greenwald declarou que a ação da PF, se confirmada, estaria configurada como “abuso de poder”. Em uma mensagem direta a Moro pela rede social, o jornalista do The Intercept Brasil sugeriu que ele “investigue tudo o que quiser”.
Entretanto, em outro momento da audiência com os deputados, o ministro da Justiça afirmou que, na sua opinião, “alguém com muitos recursos está por trás dessas invasões”, reforçando uma narrativa de que a invasão de celulares é o que alimenta a série de reportagens que o The Intercept Brasil vem fazendo acerca de supostos diálogos entre ele e procuradores da Lava Jato.
Já Greenwald garante que o conteúdo dos vazamentos não são obra de um ataque de hackers a celulares, preferindo evocar o direito de sigilo à fonte, previsto na Constituição Federal.