Deputados pedem que igreja evangélica seja investigada por ‘cura gay’ após morte de Karol Eller

Brasil

Os deputados federais Erika Hilton, Pastor Henrique Vieira e Luciene Cavalcante, do PSol, acionaram o Ministério Público Federal (MPF), nessa segunda-feira (16), para pedir que a igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, seja investigada por supostamente promover a prática de “cura gay”. A informação é da colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo.

A referida igreja evangélica é apontada pelos parlamentares como responsável pelo retiro “Maanaim”, que oferece serviços para “converter” gays e bissexuais à heterossexualidade. A influenciadora Karol Eller, que morreu no último dia 13, em São Paulo, teria frequentado o local.

Em setembro, Eller anunciou que havia “renunciado à prática homossexual”. No dia em que morreu, publicou, no Instagram, que havia “perdido a guerra”.

A  Polícia Civil de São Paulo registrou o caso como suicídio.

Representação

Na representação enviada ao MPF, Hilton, Vieira e Cavalcante pontuam que “os tratamentos de ‘cura gay’ são verdadeiras práticas de tortura e agressão a toda população LGTBQIAPN+, cuja orientação sexual ou designação de gênero são características inerentes a cada sujeito, sendo impossível sua alteração”.

Eles destacam, ainda, que a prática é vedada pelo Conselho Federal de Psicologia e sugerem que seja movida uma ação pelos crimes de homotransfobia, tortura psicológica e incitação ao suicídio.

Karol Eller

Karol ficou conhecida pelo apoio declarado ao ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL). Próxima à família dele, além de outros parlamentares de direita, ela participou dos atos do dia 8 de janeiro, em Brasília, e por esse motivo foi exonerada do cargo que tinha na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Atualmente, trabalhava no gabinete do deputado estadual Paulo Mansur (PL-SP).

 

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