CNJ cria mais um penduricalho para beneficiar juízes com maior acervo de processos
BrasilO Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou um novo benefício para os juízes que pode elevar ainda mais o custo médio de cada magistrado no país, estimado em R$ 50,9 mil. A resolução que cria o novo penduricalho foi aprovada na sessão do CNJ, realizada na terça-feira (8), última a ser presidida pelo ministro Dias Toffoli. A aprovação acontece justamente no momento em que membros do Judiciário são blindados na reforma administrativa.
A resolução permite aos tribunais regulamentar o pagamento de 1/3 do subsídio do magistrado a título de compensação para juízes que atuarem simultaneamente em mais de uma vara do Judiciário ou acumularem “acervo processual” sob sua responsabilidade. A proposta era um pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e foi levada ao colegiado pelo ministro Dias Toffoli. Segundo a AMB, o benefício é uma “valorização da magistratura”. O valor do custo não foi divulgado pelo CNJ e nem pela AMB. Cada tribunal poderá estabelecer os critérios para o pagamento do benefício.
A recomendação do CNJ é que o valor não supere o teto remuneratório do serviço público, mas no Judiciário há histórico de pagamento de verbas extrateto. Segundo o Estadão, O custo médio de um juiz do Trabalho é de R$ 42,5 mil, de um juiz federal, R$ 52 mil e no Tribunal Superior do Trabalho (TST), o custo chega a R$ 75,4 mil. Os servidores do Judiciário, alcançados pela reforma administrativa, tem custo médio entre R$ 13,5 mil e R$ 23,5 mil mensais. Além do salário, a conta inclui benefícios, encargos, contribuição à Previdência, diárias, passagens, indenizações judiciais e demais indenizações eventuais e não eventuais.