Cid deve poupar Michelle em delação premiada

Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid não deve incriminar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em sua delação premiada. De acordo com pessoas familiarizadas com as tratativas dele com a Polícia Federal, o militar deve centrar fogo mesmo é no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de citar militares que participavam de seu governo.

Dos cinco inquéritos em que Cid deve colaborar, a ex-primeira-dama é investigada em apenas um deles: o do uso do Estado para a obtenção de vantagens ilícitas. Ela está incluída no capítulo que trata das joias que o casal recebeu de autoridades estrangeiras —uma parte delas foi comercializada pelo militar no exterior.

Michelle estaria excluída dos outros quatro inquéritos, que apuram, respectivamente, ataques a adversários por meio de fake news, ataques ao sistema eleitoral, tentativa de promoção de golpe de Estado e disseminação de desinformação sobre vacinas na pandemia.

Apesar de administrar o pagamento de despesas pessoais de Michelle, o militar e ela conviviam pouco —apenas o mínimo necessário.

De acordo com Bolsonaro, o ex-ajudante de ordens tinha procuração para administrar suas contas bancárias, e todas as despesas da ex-primeira-dama eram pagas com dinheiro de seu salário.

 

Mônica Bergamo/Folhapress

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