A fim de evitar ‘guerra civil’, deputado pede prisão de Lula após discurso contra Bolsonaro

Brasil

por Glauber Guerra / Matheus Caldas

A fim de evitar 'guerra civil', deputado pede prisão de Lula após discurso contra Bolsonaro

Fotos: Divulgação e Ricardo Stuckert

O deputado federal e presidente do PL em Salvador, Abílio Santana, enviou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, uma representação pedindo a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta de um vídeo gravado supostamente um dia após a saída da prisão, no dia 8 de novembro (leia mais aqui).

Na justificativa a qual o Bahia Notícias teve acesso, o parlamentar entende que o petista proferiu um “violento discurso eivado de ódio em frente à sede do Sindicato dos Metalúrgicos”. “Afirmou que o Brasil precisava seguir o exemplo do Chile, onde a extrema esquerda provoca destruição e mais de 20 mortes seguindo estratégia do Foro de São Paulo, que discutiu, em uma de suas reuniões e pauta, ataques a Igrejas e depredação de objetos religiosos”, escreve.

Para Santana, Lula faz convocação à “massa de manobra”, adjetivo atribuído por ele à militância do PT e demais simpatizantes da causa. “O Sr. Luiz Inácio Lula da Silva continua a perpetrar crimes contra a ordem pública, pois tem incitado constantemente a violência, ao pedir para a militância ‘atacar’ como os manifestantes no Chile, com o único objetivo de promover a desagregação, a guerra e a violência no meio do povo, além de atentar contra a pessoa do presidente da República, o Exmo. Sr. Jair Messias Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal”, diz outro trecho da justificativa.

Por fim, o deputado pede que, “no mínimo, Lula seja punido através de prisão preventiva para que sejam apuradas as suas declarações”. O parlamentar ainda espera que o ex-presidente seja punido para que “não se instaure o terror, a desagregação do povo brasileiro” e “uma guerra civil”.

DISCURSO DE LULA
No vídeo sobre o qual Santana se refere, o petista dá indicativos de que presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é “miliciano”. “A direita está voltando com força tentando destruir tudo que nós fizemos. Estamos vendo a reação do povo chileno, do povo no Equador. E aqui no Brasil vamos ter que levantar a cabeça e lutar, porque não é possível que um país do tamanho do Brasil tenha o desprazer de ter no governo um miliciano responsável direto pela violência contra o povo pobre, pela morte da Marielle, pelo impeachment da Dilma e por mentir ao meu respeito”, declarou.

Para Lula, “não existe possibilidade de o movimento dos trabalhadores ter algum tipo de conquista se não lutar muito”.

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