“Se for como está teremos muito fechamento de leito e demissões”, diz entidade sobre piso de enfermagem

Bahia

Presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (AHSEB),

Presidente da Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde da Bahia (AHSEB), Mauro Adan, foi entrevistado na Rádio Metropole nesta quarta-feira (24). Na conversa com Mário Kertész, dentro do Jornal da Bahia no Ar, o presidente da entidade falou sobre o impacto da aprovação do piso salarial da enfermagem. “Não pode ser do jeito que está, do jeito que está é insolvência do sistema de saúde, muito fechamento de leito e demissões”, afirmou

Segundo os dados trazidos por Adan, o piso determinado pelo projeto de lei sancionado no início do mês vai gerar um impacto de R$ 16 bilhões anuais no sistema de saúde brasileiro. Na Bahia, o aumento médio para os enfermeiros será de 53%, enquanto técnicos terão aumento de 126% se o piso estabelecido por lei não for negociado.  “Não temos como assumir esse aumento sem fontes de financiamento. Falamos isso o tempo inteiro durante a discussão do projeto no Congresso e o compromisso era de que esse assunto iria andar junto com o projeto do piso. O projeto do piso andou, e as fontes de financiamento não foram discutidas”, explica.

As entidades de saúde deram entrada em uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir a constitucionalidade da lei.  “Precisamos sentar, com a mediação do judiciário, para encontrar um caminho saudável porque se a gente não conseguir vai gerar fechamento de leito, de emergências, de unidades de saúde, muito desemprego”, diz.

Segundo o representante, manter o piso estabelecido na nova lei podem gerar impactos sérios no sistema.  “O nosso corpo de enfermagem é muito importante, mas os trabalhadores da saúde são mais importantes. E estou falando de nutricionistas, psicólogos, equipe administrativa, gestores, serviços gerais. Temos uma gama de profissionais dentro das unidades. Se esse piso for adotado, muitos outros profissionais perderão emprego em função do piso”, afirmou Adan.

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