Polícia Civil apura perseguição e ameaça após fim de relacionamento entre investigadores; saiba detalhes

Bahia

A Polícia Civil da Bahia instaurou um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar irregularidade funcional atribuída a uma investigadora da corporação, que teria perseguido insistentemente, por não aceitar o fim da relação amorosa, o ex-namorado que também é investigador de polícia.

 

 

O  documento, assinado pela delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Campos de Brito. Segundo o texto, diante da negativa, a servidora em questão deu continuidade à perseguição e passou a ameaçar o ex-companheiro por meio de mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp. Conforme informações, as ameaças e perseguições teriam começado no mês de abril de 2024.

 

 

“Lá na frente tu vai pagar da forma mais cruel do mundo e da forma que mais te doa”, teria escrito a mulher no mensageiro. “Infelizmente vc [sic] irá pagar feio e vc caçou sua própria cova”, acrescentou.

 

 

Segundo o processo, a mãe da vítima também noticiou ter sido ameaçada pela mulher e chegou a apresentar um boletim de ocorrência. Os fatos mencionados teriam começado no mês de agosto deste ano. De acordo com a delegada-geral, a conduta da servidora, caso seja comprovada, configura infração disciplinar prevista pela lei orgânica da Polícia Civil do Estado da Bahia e a Corregedoria tem 60 dias para realizar a apuração.

 

 

A reportagem apurou com fontes ligadas à polícia que outro PAD foi instaurado para apurar a suposta irregularidade da servidora. Neste caso, a Polícia Civil menciona que, por não aceitar o fim do relacionamento, a mulher chegou a ir na residência do ex-namorado e também ao seu local de trabalho, “com o objetivo de obrigá-lo a reatar o relacionamento afetivo”, o que tem causado constrangimento ao investigador de polícia.

 

 

MOVIMENTAÇÕES INTERNAS

A apuração do Bahia Notícias também descobriu que a servidora mencionada no processo foi afastada em abril, mês em que os fatos narrados no PAD se iniciaram, por questões de saúde. O ato da Polícia Civil indica que a licença concedida foi de 45 dias, entre 27 de abril e 10 de junho.

 

 

Três meses depois, em setembro, uma nova licença para tratamento de saúde foi concedida para a investigadora. Dessa vez pelo período de 80 dias – entre 5 de setembro até 23 de novembro.

 

 

Desde abril deste ano, a servidora atua na 4ª DTE (Tóxicos e Entorpecentes), em Salvador. Ela foi designada para função após ser habilitada em concurso público da corporação.

 

 

Outro fato apurado é que o investigador de polícia apontado como vítima no processo estava lotado na 22ª Delegacia Territorial de Simões Filho. Ele também foi designado para as atribuições na Região Metropolitana de Salvador no mês de abril, após habilitação em concurso público.

 

 

No entanto, em julho deste ano o servidor foi transferido da RMS para a Delegacia Territorial de Serrinha.

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