PCdoB não garante apoio a candidato do PP ao comando da AL-BA, diz presidente estadual
Bahiapor Bruno Luiz
Apoiado pelo PP nas eleições de Salvador, quando recebeu da sigla a indicação de Joca Soares para vice da candidatura de Olívia Santana, o PCdoB não garante retribuir a “gentileza” em outra disputa importante para o aliado: a que envolve a presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
A sigla lançou recentemente o nome do deputado estadual Niltinho para concorrer ao cargo. O problema é que esta atitude contraria acordo selado pela legenda junto ao governador Rui Costa. Pelos termos da negociação, agora seria a vez de Adolfo Menezes, do PSD, presidir a Casa. O embate preocupa Rui e setores da base aliada pelo temor de um racha entre os partidos, os maiores do bloco político que dá sustentação ao governo petista. Uma trinca como essa coloca em risco os projetos para as eleições de 2022, quando o grupo tentará continuar no Executivo por mais quatro anos.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente estadual do PCdoB, Davidson Magalhães, afirma que o acordo da sigla era com a reeleição de Nelson Leal (PP) para a presidência. As pretensões dele, no entanto, foram contidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que barrou a reeleição para o comando de Casas Legislativas dentro de uma mesma legislatura.
Agora, o compromisso do partido, diz Davidson, é com a manutenção da unidade do grupo, independente do partido que lançará candidato. “Na Assembleia Legislativa, hoje, não é que haja processo de descontinuidade, mas estamos trabalhando para manter essa unidade. Esse é um esforço fundamental. Nós temos que saber como fazer esse tipo de enfrentamento. É uma casa política [a AL-BA], base de deputados estaduais que estão espalhados por toda a Bahia. Trincar uma unidade da base governista justamente em uma área tão sensível não é um bom sinal”, diz. Clique aqui e leia a entrevista completa.