Para Lúcio, Neto não honrou compromisso firmado com Ronaldo em 2018: ‘Sacanagem’
Bahiapor Bruno Leite
O presidente de honra do Movimento Democrático Brasileiro na Bahia (MDB-BA), Lúcio Vieira Lima, reforçou nesta sexta-feira (5) a ideia de que o agora candidato ao governo do estado, ACM Neto (União), traiu o ex-prefeito de Feira de Santana, Zé Ronaldo (União), e o deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos) ao ter rejeitado os dois aliados em sua chapa.
“Sou obrigado a baixar o nível. O nome disso é sacanagem, com ele e com Marcelo Nilo. [Com] Zé Ronaldo, a Bahia não tem dúvida, foi fechado um compromisso lá atrás, quando [em 2018] ele assumiu aquela candidatura ao governo porque Neto desistiu na última hora”, destacou o emedebista.
Para Lúcio, o ex-gestor “foi para jogar a bóia para dentro”. “Se ele não sai, teria acabado a carreira política de Neto, porque ele não teria candidato com competitividade, não teria bancada, não acalmava o grupo e ficava sem”.
Sobre o correligionário e prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins (MDB), que é aliado do grupo oposto ao representado pelo seu partido na disputa estadual, Vieira Lima disse que o gestor tenta emplacar a ideia de que faz parte de uma legenda própria, o “MDB de Feira”.
Segundo ele, seria prematura a ideia de que a operação No Service, deflagrada contra membros da gestão feirense por conta de contratos firmados durante o mandato de José Ronaldo (União), tenha sido preponderante para a recusa do nome dele como vice na chapa de ACM Neto (União).
“Pode até ter uma tentativa de querer dizer que foi isso para justificar questões políticas. Os comentários que tem aí são de que voltou na Bahia o tempo dos dossiês”, acusou o ex-parlamentar, afirmando que prefere não acreditar no retorno destas práticas.
No entendimento dele, qualquer comentário desse tipo poderia ser “irresponsável”, por poder desencadear ilações e especulações. “Eu sei o que isso representa na vida de um ser humano, a condenação antecipada”, concluiu Lúcio.