LOA 2020: Verba para esporte e lazer em cai 82% em Salvador após ‘Rio 2016’
Bahiapor Matheus Caldas
Em queda progressiva desde 2016, ano dos Jogos Olímpicos Rio 2016, o orçamento para desporto e lazer em Salvador será 82% menor ao final de seis anos. A informação foi obtida após análise do Bahia Notícias do texto do Projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2021 enviado nesta terça-feira (29) pelo prefeito ACM Neto (DEM) à Câmara Municipal de Salvador (leia mais aqui).
A LOA é um projeto elaborado no ano anterior à sua aplicação. Portanto, a matéria de 2016 foi apresentada em 2015. Na ocasião, foi disponibilizado para o esporte e lazer o montante de pouco mais de R$ 28 milhões, previstos para serem utilizados no ano em que acabou acontecendo a primeira edição da Olimpíada da história do Brasil. Para 2021, Neto reservou um orçamento de R$ 4,9 milhões.
Após a realização dos Jogos do Rio, a verba foi sendo reduzida de maneira progressiva. Em 2017 foram R$ 21,9 milhões; em 2018 R$ 18,7 milhões; em 2019 R$ 12,3 milhões; para este ano, foram orçados R$ 10,8 milhões.
Para responsável pelos recursos, a Secretaria Municipal do Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel) tem um orçamento estimado de R$ 24,4 milhões para o ano que vem, quando um novo prefeito assume a capital baiana.
Confira abaixo a involução no orçamento:
Arte: Priscila Melo / Bahia Notícias
HERANÇA DA OLIMPÍADA
Além de ter recebido partidas de futebol nos Jogos Olímpicos (leia mais aqui), Salvador recebeu um dos principais equipamentos do torneio esportivo: a piscina em que foram realizadas as provas de natação.
Atualmente locada na Pituba, a Arena Aquática Salvador é administrada pelo ex-nadador Edvaldo Valério, medalhista de bronze na Olimpíada de Sidney, em 2000. A piscina custou R$ 1.229.450,03 aos cofres municipais (leia mais aqui). O espaço total teve uma despesa de R$ 13,6 milhões (leia mais aqui).