Com deputados baianos na disputa, Lula diz que não vai interferir nas eleições da Câmara dos Deputados em 2025

Bahia

A acirrada disputa pela presidência da Câmara dos Deputados só vai ocorrer em fevereiro de 2025. No entanto, o embate já está tendo reverberações desde 2024 que estão repercutindo e chegando até ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da aproximação constante do chefe da nação com a Bahia e com políticos baianos, os parlamentares Elmar Nascimento (União) e Antonio Brito (PSD) podem não ter a influência de Lula em suas candidaturas à presidência do Congresso.

Isso porque durante entrevista nesta quinta-feira (17), o presidente indicou que não vai interferir nas eleições do poder legislativo e que vai dialogar com o deputado eleito ao cargo.

“Eu tenho como prática política não me meter na escolha do presidente da Câmara. É uma coisa do Congresso Nacional. Como eu respeito a autonomia de cada poder, o meu presidente será aquele que for eleito. Aquele que for eleito, goste dele ou não goste, eu vou conversar e vou tratar como presidente da Câmara. É assim que eu faço. Eu não vou nunca apresentar para um presidente da Câmara um projeto de meu interesse pessoal, vou apresentar projeto de interesse do povo brasileiro”, afirmou Lula à rádio Metrópole em programa apresentado pelo radialista Mário Kertész.

“Vou discutir com ele [presidente do congresso] como que vota e vou lhe explicar uma coisa. Quando nós tomamos posse, muita gente dizia que a gente ia ter muita dificuldade em governar. Meu partido só tem 70 deputados em 513, só tenho 9 senadores em 81. Nós aprovamos uma PEC da transição que deu R$ 165 bilhões para a gente governar este país no primeiro ano, aumentou o dinheiro da saúde e da educação. Nós já aprovamos uma coisa extraordinária que foi ao arcabouço fiscal, nós já aprovamos a política tributária e até agora nós não perdemos nenhum projeto importante que o governo mandou pro congresso nacional”, completou o presidente.

O líder petista concatenou ainda que não vai escolher o futuro representante dos deputados e que vai manter uma boa relação com o eleito no Senado Federal.

“Não quero escolher presidente, quero manter uma relação civilizada e institucional com quem ganhar as eleições nas duas casas. Não quero dizer que não gosto do presidente. Não é o presidente da Câmara que precisa do presidente da República, é o presidente da república que precisa da Câmara”, concluiu.

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