Após anúncio de cortes, Otto Alencar defende o programa Farmácia Popular

Bahia

Médico e considerado como “o senador da saúde”, sobretudo após sua atuação aguerrida na CPI da Covid, Otto Alencar (PSD-BA), candidato à reeleição, criticou mais um corte, desta vez de quase 60% no programa social Farmácia Popular, que atende a 22 milhões de pessoas. Ao contrário da verba de R$ 2,04 bilhões deste ano, para 2023 a previsão do governo Bolsonaro é de apenas R$ 804 milhões, uma redução superior a R$ 1 bilhão.

“É um absurdo o que o governo federal está propondo, e colocará muita gente em risco. O programa é da maior importância, pois atende a pessoas que fazem uso de medicação continuada, como hipertensos, asmáticos e diabéticos. Não aceito o fim do programa e vou continuar lutando pela sua manutenção”, adverte.

Pelo corte anunciado, 13 princípios ativos de remédios usados no tratamento continuado de hipertensão, asma e diabetes, justamente as doenças apontadas pelo Ministério da Saúde como as que mais acometem a população, sofrerão uma queda drástica na oferta gratuita pelo Farmácia Popular. Além disso, o corte incluirá fraldas geriátricas, preservativos e medicamentos para outras doenças cobertas pelo programa social, criado em 2004, na primeira gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Olhar atento
Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE), Otto Alencar diz que o colegiado terá papel decisivo na discussão sobre os recursos previstos para 2023, com um olhar atento à perda de valores destinados aos programas sociais. “E o Farmácia Popular é uma política pública de saúde da maior importância para a população de menor poder aquisitivo, pois distribui, gratuitamente, medicamentos vitais para o tratamento de doenças que ainda matam muitas pessoas no Brasil”, alerta o senador.

Outra preocupação de Otto é em relação às consequências que essa interrupção nos tratamentos pode causar no Sistema Único de Saúde (SUS), já que muitos beneficiários do sistema terão que recorrer muito mais aos serviços dos hospitais públicos e clínicas conveniadas. “Isso será inevitável, são 22 milhões de pessoas que não terão como comprar esses medicamentos nas farmácias privadas”, observa.

Outras doenças – Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o Farmácia Popular oferece mais 11 itens com preços até 90% mais baratos, utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência urinária.

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