Prefeito Zito coloca Barreiras com o maior endividamento entre as prefeituras da Bahia
Nos oito anos de gestão do prefeito Zito Barbosa (União Brasil) receitas cresceram 50% e os gastos subiram mais de 1.000%
Só para efeito de comparação, em janeiro de 2017, a dívida pública de Barreiras era 11 vezes menor, em torno de R$ 68,3 milhões, ou 12,92% das receitas à época. De la para cá, os recursos de cerca de R$ 528,6 milhões cresceram pouco mais de 50%. Em contrapartida, o município aumentou suas despesas em mais de 1.000%,
Mais pobres
Para o economista e professor do curso de Economia da Universidade Federal do Oeste, George Lelis, essa situação prejudica principalmente os mais pobres. Segundo ele, a situação das contas da administração municipal hoje pode ser comparada a uma pessoa que recebe R$ 1 mil reais de salário e precisa pagar dívidas de R$ 900.
“A atual gestão preferiu trilhar o caminho mais fácil e perigoso, pegar empréstimos para realizar obras, quando podia ter buscado parcerias com o Governo Federal, através do Ministério das Cidades, por exemplo, e com o Governo do Estado”, explica Lelis, que também é economista do Instituto de Economia e Negócios.
O professor aponta que, no último ano da atual gestão o descontrole financeiro se exacerbou. “Agora entra em uma fase de pegar empréstimos atrás de empréstimos, uma bola de neve que vai impactar na vida daqueles que mais precisam dos serviços municipais, principalmente na saúde e educação”, afirma.
Fatura chega
Outro comparativo que o professor faz é com o uso do cartão de crédito. “O atual prefeito usou o cartão e o próximo terá que pagar a fatura. E, o próximo gestor da nossa cidade terá que agir rápido, ter estratégias eficientes para aliviar esse endividamento, inclusive com parcerias com o Governo do Estado e o Federal”, disse o economista.
“Para se ter uma ideia, os bancos indicam o nível aceitável de endividamento de 30% do salário de uma pessoa, então o que foi feito aqui não é recomendado para se ter uma boa gestão financeira e a garantia de que os serviços públicos não parem”, conclui.
Fonte: A Tarde