Família de Anderson Torres está ressentida com Bolsonaro
Familiares do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres se sentem abandonados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),
Isso porque, após os atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, Bolsonaro não fez nenhum movimento em relação ao aliado, de acordo com pessoas próximas à família. Publicamente, não foi dada nenhuma declaração.
Amigos ponderam, contudo, que o próprio Anderson Torres não tem ressentimento. A insatisfação partiria exclusivamente dos parentes.
O ex-ministro de Bolsonaro ficou preso por 117 dias por suposta omissão durante a invasão da Praça dos Três Poderes. Na ocasião, ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e estava de férias nos Estados Unidos.
Ele foi solto no dia 11 de maio por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Como medida cautelar, usa tornozeleira eletrônica e está proibido de acessar redes sociais e de conversar com outros investigados, como Bolsonaro.
Torres perdeu mais de 10 kg na prisão e ainda não conseguiu recuperar seu peso ideal. Aliados dizem que o investigado fica em casa na maioria do tempo, faz ginástica e capoeira. Às vezes sai para buscar os filhos na escola.
Inicialmente, o advogado de Torres era ligado à família Bolsonaro. Rodrigo Roca deu lugar a Eumar Novacki, ex-secretário de Ibaneis Rocha (MDB).
A atual defesa ainda não teve acesso às mensagens da nuvem de Torres.
Tácio Lorran/Estadão Conteúdo