ACM E EDUCAÇÃO: MUDANÇA DE COMPORTAMENTO?
Bahia
Enquanto candidato ao governo, o herdeiro carlista muito tem falado em educação como uma de suas prioridades para a Bahia. No entanto, a história nos mostra que em suas gestões como prefeito de Salvador, não foi bem isso que aconteceu.
Em 2018, durante uma greve dos professores municipais, que reivindicavam o fim do arrocho salarial e a implementação do plano de cargos e salários da categoria, ACM autorizou que a guarda civil municipal, armada, agisse com violência contra os docentes.
O então prefeito, que classificava a greve como injusta, demonstrou em mais de uma ocasião que preferia o confronto à negociação com a classe da educação. No entanto, o plano de cargos e salários estava sendo descumprido há pelo menos nove meses quando a greve estourou.
Na época, também foram motivos de revolta para a população o cardápio da merenda escolar, que quase diariamente ofertava às crianças mingau e/ou achocolatado e a falta de estrutura das escolas, que castigava os pequenos e, segundo professores, prejudicava o processo de ensino-aprendizagem.
Os vereadores que compunham a Comissão de Educação da Câmara Municipal destacavam ainda que o projeto de ACM Neto era a precarização da educação, em ambientes insalubres, que prejudicavam alunos e professores e foi essa a razão da greve, justa e justificada.
Além disso, durante vários anos de seu mandato o ex-prefeito não conseguiu fazer com que o município atingisse a meta projetada para o IDEB – Índice da Educação Básica. O fato de que não construiu sequer uma creche em sua gestão também chama atenção da população.
Agora, resta à população se perguntar se o candidato de oposição ao governo mudou realmente sua atitude com relação à educação e vai passar a levá-la a sério ou se esta é apenas uma promessa vazia de campanha.