Bahia:Chocolat Bahia 2019 consolida polo chocolateiro e impulsiona economia
BahiaO maior evento de cacau e chocolate da América Latina. Assim pode ser definido o Chocolat Festival 2019, encerrado neste domingo (21), em Ilhéus. Realizado com o apoio do Governo do Estado, o festival reuniu cerca de 60 mil pessoas e movimentou aproximadamente R$ 15 milhões em negócios, reunindo 170 expositores e mais de 70 marcas de chocolate.
O festival possui características únicas como produção de chocolate, mel de cacau, nibs, cauchaça, creme de, cacau caramelizado, sabonetes de cacau, etc; e uma estrada temática, a Estrada do Chocolate, com fazendas centenárias, fábricas de chocolate, natureza exuberante.
O coordenador do Chocolat Festival 2019, Marco Lessa, destacou que “os resultados superaram todas as expectativas, numa demonstração de que os consumidores passam a valorizar o chocolate de origem. Tivemos muitos lançamentos de produtos, com diversidade e inovação, que atraíram pessoas da região e de outros estados”. Ainda para Marcos, “é importante conscientizar os cerca de 30 mil produtores de cacau, que sustentaram a economia sulbaiana durante décadas, de que eles podem se restabelecer dentro de um novo conceito, que é o chocolate de origem. Dessa maneira, iremos retomar, em bases sólidas e sustentáveis, o caminho do desenvolvimento”.
O Governo do Estado também marcou presença no festival com os estandes do Centro Público de Economia Solidária (Cesol) Litoral Sul,com produtos de empreendimentos solidários e destaque para o lançamento do creme de cacau Cacauela; a Bahia Cacau, uma cooperativa que já que comercializa chocolate e derivados no mercado paulista, a fábrica-escola do Chocolate do Centro Estadual de Educação Profissional Nelson Schau, com a instalação de uma planta industrial em que os alunos produziram chocolates e derivados de cacau, além da retomada as atividades da Câmara Setorial do Cacau, que define de ações conjuntas para o desenvolvimento da cadeia produtiva do cacau.
Chocolate e retomada do desenvolvimento
A empreendedora Marly Brito destacou que “a cada ano, o festival abre a possibilidade de novos negócios e incentiva a criação de novos produtos derivados de cacau”. Gerson Marques, que produz chocolates e também atua na área de turismo rural, ressaltou que “as vendas diretas aumentaram e também os acordos comerciais com parceiros da Bahia e de outros estados, consolidando a qualidade e o potencial do chocolate, além de criar um novo atrativo para o setor turístico”.
Para Leo Maia, que aproveitou o evento para lançar o chocolate branco com nibs de cacau, “esse é um mercado que exige sempre inovações capazes de cativar e atrair novos consumidores. As vendas foram ótimas”. Fernando Modaka, um dos pioneiros na produção de chocolate de origem, disse que “esse movimento que estamos vivendo no Sul da Bahia é fantástico, agrega valor o nosso principal produto, o cacau, tornando a região conhecida pelo chocolate de qualidade”.
A difusão de novas tecnologias também tem sido uma das tônicas do festival. O diretor executivo do Centro de Inovação do Cacau, da Universidade Estadual de Santa Cruz, Cristiano Vilela destacou que “o Sul da Bahia passa por um processo de modernização e valorização do cacau e na qualidade do chocolate”. O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado da Bahia-FAEB, Guilherme Moura, avaliou que “o Festival do Chocolate já se tornou uma referência no Brasil com sua característica única de unir produção de cacau e de chocolate, além de impulsionar toda a revitalização cadeia produtiva e movimentar a economia”.
Além da comercialização de chocolate e outros produtos o festival contou com eventos como Cozinha Show, ChocoDay, Ateliê do Chocolate, Cozinha Kids, Espaço Cutural do Cacau, com apresentação de artistas regionais, exposição História do Cacau, palestras, workshops e o Fórum Brasileiro do Cacau, com foco na sustentabilidade e avanços tecnológicos.