Startup instalada no Parque Tecnológico da Bahia inova e ganha destaque internacional

Bahia

Antecipar os imprevistos e diminuir os riscos. Este lema contém as palavras-chave para definir o projeto I4sea (se pronuncia “ai for si”) que está levando o nome da Bahia para o mundo. Já imaginou uma plataforma capaz de prever se uma onda poderá atrapalhar um navio na hora em que ele atracar no porto? A empresa pensou em uma solução para essa questão e, devido ao aspecto inovador, foi convocada pelo Governo de Portugal para implementar o sistema em dois portos do país.

Nascida como uma ideia entre alunos do curso de graduação em Oceanografia, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a empresa I4sea surgiu em Salvador, através de um desenvolvimento independente, que, posteriormente, ganharia o apoio da Ufba em forma de convênio. Alguns anos depois, a empresa se instalou no Parque Tecnológico da Bahia, espaço vinculado à Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Secti).

De acordo com o CEO da empresa, Bruno Balbi, o sistema nada mais é do que uma forma de prever riscos para gerar manobras estratégicas. “Imagine que um navio vai chegar amanhã no porto de Salvador. O sistema criado pela I4sea consegue prever como estarão os ventos e as ondas no momento em que o navio atracar. A partir daí, é possível gerenciar medidas para evitar riscos de acidentes ou até perdas de mercadorias”, explicou.

A convocação internacional aconteceu por meio de um programa de aceleração do Ministério do Mar de Portugal que identificou como o projeto é pioneiro a nível mundial por reunir um sistema mais completo em relação aos concorrentes. Além disso, o ministério português fez a ligação da empresa brasileira com os portos locais que resultou em dois contratos fechados. “Uma ideia que surgiu entre colegas de curso de uma universidade ganhou amplitude para se tornar uma empresa internacional. Estamos em processo de abrir um escritório em Portugal, e a intenção é levar esta novidade para diversos locais do mundo”, afirmou.

O reconhecimento de Portugal não é à toa, pois a solução pode ajudar diversos setores da economia, como, por exemplo, no planejamento de logística que realiza o desembarque diário de mercadorias que chegam dos mais variados locais do mundo. “Empresas poderão estipular melhor o horário de operação dos seus navios e diminuir prejuízos causados pelas condições climáticas”, completou Bruno.
Fonte: Ascom/Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti)

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