Policlínica Regional em Valença completa um ano com mais de 56 mil atendimentos
Em um ano, mais de 56 mil atendimentos e uma verdadeira transformação na vida de quem precisa de serviços de saúde de média e alta complexidade no Baixo Sul da Bahia. As conquistas pertencem à Policlínica Regional de Saúde, em Valença, que completa 365 dias de funcionamento neste sábado (29), realizando, por meio de profissionais preparados e estrutura e equipamentos de ponta, resolutividade a 340 mil moradores de 13 municípios da região.
Oitavo equipamento do tipo a ser inaugurado na Bahia [foi o último a entrar em funcionamento das oito unidades já instaladas em diferentes regiões do território baiano], a Policlínica em Valença já contabiliza 35.408 mil exames, a exemplo de ultrassonografia, raio-X, mamografia, endoscopia e colonoscopia; bem como 21.033 mil consultas, em especialidades como cardiologia, endocrinologista, oftalmologista e ortopedia.
Diretor geral da unidade desde o início, o oftalmologista Roberto Deway avalia os números positivamente. “Atingimos a média de seis mil atendimentos por mês e zeramos a fila de diversos procedimentos, tais como a tomografia computadorizada. Antes da Policlínica, ou a população não tinha acessos a esses procedimentos ou o munícipe tinha que viajar para cidades de maior porte para tentar a sorte. Portanto, todas as policlínicas chegaram, realmente, para preencher a lacuna de procedimentos de alta e média complexidade que eram demandados pela Atenção Básica dos municípios”, explicou.
Fazendo a diferença
A unidade é administrada pelo Consórcio Interfederativo de Saúde do Baixo Sul, do qual fazem parte o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde (Sesab) e os 13 municípios beneficiados [Cairu, Camamu, Gandu, Igrapiúna, Itaparica, Ituberá, Nilo Peçanha, Nova Ibiá, Piraí do Norte, Taperoá, Teolândia, Valença e Wenceslau Guimarães]. A Policlínica recebeu, ao longo desse primeiro ano de funcionamento, R$3,2 milhões em investimentos, somente da gestão estadual, destinados ao custeio. Já na construção e aquisição dos equipamentos, bancadas totalmente pelo Estado, foram aplicados R$22,6 milhões.
O ortopedista Alfredo Assis é natural de Valença, mas só começou a trabalhar como médico na terra onde nasceu com a chegada da Policlínica. “As policlínicas são um grande avanço na saúde pública da Bahia. São unidades que focam na saúde preventiva, que, a meu ver, é mais importante do que a curativa. Então é possível dar qualidade de vida às pessoas, por que se consegue diagnosticar doenças com antecedência.
O ortopedista vai além e destaca que as policlínicas representam mudança na vida dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), mas também trazem impacto à carreira dos profissionais. “A população ganhou muito, mas todo mundo que atua nas unidades também. Quem trabalha em uma Policlínica de um Consórcio Público de Saúde consegue fazer medicina de verdade, tem à disposição condições físicas, estruturais e de equipamentos, e consegue, sobretudo, tratar pessoas como pessoas. Se a gente indica um exame ou medicamento, o paciente tem acesso. É prazeroso, como médico, conseguir resolver o problema das pessoas”, destacou Alfredo.
Presidente do consórcio que gere a Policlínica em Valença e prefeito de Gandu, Leonardo Barbosa garante que a Policlínica deu cara nova à saúde pública de toda a região. “Essa unidade mostrou um SUS diferente para os cidadãos, por conta de um tratamento de qualidade, por vezes, melhor do que é ofertado pela rede particular. A marcação de exames necessitados por moradores da região, que antes demorava muito tempo e na maior parte das ocasiões só podiam ser feitos lugares mais distantes, principalmente, na capital, agora são realizados rapidamente, bem pertinho, em Valença. Toda a população do Baixo Sul está satisfeita”, ressaltou.
Atendimento
Os cidadãos atendidos nas Policlínicas Regionais de Saúde são encaminhados pelo município em que residem, que é responsável por agendar consultas e exames. A necessidade é identificada nos postos do Programa de Saúde da Família (PSF) ou em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Para garantir e facilitar o acesso de todos, são disponibilizados micro-ônibus climatizados que levam e trazem, diariamente, os pacientes.
As policlínicas têm a missão de regionalizar a Saúde, desafogando a procura por atendimentos nos hospitais e agilizando o tratamento. Seguem em construção as policlínicas regionais de saúde em Jacobina, Salvador, Barreiras, Itabuna, Vitória da Conquista, Simões Filho, Senhor do Bonfim, Paulo Afonso e Juazeiro, estando, muitas, já no estágio final das obras.
Repórter: Renata Preza