Corregedoria Geral do TJ-BA promove ação do Virando a Página, voltada para o Dia das Crianças

Bahia

Ressocializar e reconstruir a família. Esse é o objetivo da Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (CGJ/TJ-BA) ao avançar em mais uma etapa do projeto Virando a Página. Dessa vez, o foco é o Dia das Crianças. Os reeducandos da Cadeia Pública de Salvador receberam por volta de 1.300 livros infantis para presentearem seus filhos.

A ação, realizada na última quinta-feira (14), visa a promoção da educação e a aproximação dos pais, que estão privados de liberdade, com os filhos. Cabe salientar que o Virando a Página tem à frente o corregedor-geral do TJ-BA, desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, e conta com o apoio do presidente do Judiciário baiano, desembargador Nilson Soares Castelo Branco.

“Quando pensamos no projeto, focamos não só no indivíduo que está privado de liberdade, mas em todas as pessoas que estão a sua volta. É uma forma de auxiliar o retorno deles à sociedade”, salientou o corregedor-geral, desembargador Rotondano.

No dia da entrega dos livros, na parte externa da Cadeia Pública, os internos fizeram uma leitura simbólica, conduzida pelo professor Everaldo Carvalho, do livro “O menino que tinha o coração de pedra”. Na oportunidade, eles contaram com uma explanação de Alex Giostri sobre como podem presentear os pequenos. “Dar um livro de presente para seu filho é dar a quem você mais ama a possibilidade de conhecer novos lugares”, destacou.

“A história fala sobre um menino de coração fechado que se abre e se torna quebrantado por meio do amor”, compartilhou Agostinho Pereira, que vai entregar o livro para o filho Gabriel, de 8 anos. A ação é um desdobramento do Projeto Virando a Página, que promove rodas de leituras entre pessoas privadas de liberdade e tem por objetivo o estímulo à leitura, à expressão oral, à elaboração de relatórios, para que, a partir de tal produção textual ou oral, o reeducando possa ter direito à redução de pena, conforme Resolução CNJ 391/21 e Provimento CGJ/CCI 12/22.

“Nós pensamos no projeto macro, que atenda ao interno e também a sua família. Estamos ofertando a ressocialização e a reintegração do homem à sociedade, ainda que ele tenha cometido algum delito”, afirmou o Secretário de Estado de Administração Penitenciária, José Antônio Maia, corroborando com o Desembargador Rotondano.

É importante ressaltar que já estão marcadas mais ações do projeto. “Na próxima semana, vamos fazer roda de leitura, oficinas literárias e a produção de livro de prosa com mulheres, em Juazeiro. Cada unidade é uma experiência nova, estamos muito felizes”, disse a juíza auxiliar da CGJ, Rosemunda Souza Barreto.

Na ocasião, o desembargador Rontondano, entregou, além das obras infantis, mais de mil livros arrecadados em uma campanha recente do Virando a Página, para distribuição nas bibliotecas das penitenciárias. Com o reforço da leitura, os internos poderão remir a pena e serem ressocializados por meio da educação.

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