Bahia vai liderar Câmara Temática de Meio Ambiente do Consórcio Nordeste
BahiaDurante encontro da Câmara Temática de Meio Ambiente do Consórcio Nordeste, realizado nesta quinta-feira (13), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), a Bahia foi eleita líder do grupo. Com a escolha, consequentemente, o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Martins, será o coordenador do grupo.
Além de secretários e representantes ambientais dos nove estados do Nordeste, que se reuniram com o objeto de discutir as pautas ambientais da região, o governador Jerônimo Rodrigues também marcou presença no evento.
Dividida em eixos, a reunião teve como pautas a coordenação dos trabalhos e da Câmara Temática, a licitação das linhas de transmissão, parceria com o Banco Mundial, a participação do Nordeste na COP 28 e o relançamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Na ocasião, o governador Jerônimo Rodrigues enalteceu a escolha da Bahia como estado líder do grupo e do secretário Eduardo Martins como coordenador. “Naturalmente, a nossa responsabilidade é com um meio ambiente cada vez melhor para os nossos presentes e para o nosso futuro, e o Nordeste tem particularidade, tem especificidades. Temos uma caatinga, por exemplo, e projetos que estamos trazendo, a exemplo da eólica solar. Eles precisam dialogar bastante com o patrimônio nosso existente, então nós aqui, nesse espaço, e o secretário estadual do Meio Ambiente, estamos discutindo a possibilidade de fortalecer uma rede, uma espécie de sistema estadual do Meio Ambiente, onde estamos envolvendo as áreas do Estado e dos municípios e, por final, tivemos o prazer de a Bahia ter sido escolhida através do secretário Eduardo, para coordenar a câmara temática”, disse o governador.
Jerônimo ainda salientou que “o secretário Eduardo terá todo apoio do governador do Estado, para que possamos fortalecer a ação nossa enquanto Estado, tenho certeza que a capacidade do secretário dará uma ajuda significativa ao Consórcio Nordeste”.
O agora coordenador da câmara, Eduardo Martins enalteceu o alinhamento estratégico entre as pastas ambientais do Consórcio Nordeste. “É com prazer que a gente recebe aqui, na Bahia, os nove estados. Com os secretários, diretores de obras e autarquias, para poder discutir a câmara temática do Consórcio Nordeste. Vamos pensar em estruturar não uma participação dos estados, mas a participação de todo o Nordeste pra trazer o peso, a importância que hoje, na atual conjuntura do cenário nacional nos traz. Pensamos também na discussão de uma proteção ou de uma exposição maior da caatinga, que é um bioma cem por cento brasileiro. A gente tem um distanciamento das árvores e o trânsito acaba não sendo tão relevante, então precisa trabalhar isso em conjunto e uma coisa que faça a Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Paraíba construir isso de uma forma unificada, trazendo essa ampliação que o Nordeste precisa, olhando o Brasil com Amazônia, com sudeste, e sul, mas também com o Nordeste, na importância que ele merece, com o litoral, zona costeira e marinha que ele tem”.
“A coordenação vai ficar a cargo aqui da Secretaria do Meio Ambiente, junto com todos os participantes do governo do Estado, para que possamos construir juntos essa política para o Nordeste de transição energética, caminhando junto para um meio ambiente ecologicamente equilibrado, um desenvolvimento sustentável, garantindo assim para as futuras gerações esse meio ambiente que todo mundo espera”, completou
Glauber Piva, chefe de Gabinete do Consórcio Nordeste, avalia que a Câmara Temática de Meio Ambiente é um dos melhores exemplos de articulação entre os estados e o planejamento conjunto. “Essa reunião na Bahia é o fortalecimento desse vínculo entre os estados. A partir do momento em que os estados se comprometem em discutir temas absolutamente relevantes, como o financiamento e monetização de ativos ambientais, a criação do fundo da caatinga, o fundo ambiental do Nordeste e também o debate sobre projetos de energia eólica e energia solar, por exemplo. Isso aumenta a possibilidade não só da responsabilidade ambiental de governos estaduais do Nordeste, como também aumenta o compromisso com o próprio desenvolvimento regional sustentável entre todas as partes”, disse.
Citando o Plano Estadual de Economia do Hidrogênio Verde (HPLE2V), uma das pautas estratégicas para o governo baiano, Roberto Fortuna, secretário Executivo da Comissão Especial para implantação da Economia de Hidrogênio Verde na Bahia, da Secretaria de Desenvolvimento Sustentável (SDE), afirmou que o país tem potencial para atender a demanda global. “Fizemos uma análise, principalmente levando em consideração o risco ambiental de uso da água. Água para consumo humano, fora água da procedente dessa habitação. Água para irrigação, fora. Água que está localizada em parques, água que é fundamental para recarga de aquífero, fora. Excluindo toda essa água, ainda e se utilizar apenas 1% da água existente, eu atendo a demanda Global de hidrogênio verde, somente com essa água, o que mostra que o Brasil tem um potencial gigantesco, comparado com outros países”.
O que é hidrogênio verde – O hidrogênio verde é uma fonte de alta densidade energética e de carbono nulo, produzido a partir de fontes renováveis: eólica, solar, hidráulica, biomassa ou biogás. De acordo com as projeções da Agência Internacional para as Energias Renováveis – Irena, feitas em 2019, a fonte poderá representar 18% de toda energia consumida globalmente e se tornará competitivo, em relação ao de origem fóssil, antes de 2025.