‘Insensível e irresponsável’, diz ministro de Minas e Energia da política de Bolsonaro sobre Petrobras
BrasilEm mensagem ao Painel, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, atacou a política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a Petrobras.
A estatal está no centro do debate da reoneração dos combustíveis, medida adotada na gestão anterior que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu rever na segunda-feira (27).
Atacando também o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes, Silveira afirma que a “política insensível” adotada pelos dois resultou em gasolina cara e desorganização do plano estratégico.
“A política insensível e irresponsável de Paulo Guedes e de Bolsonaro pegou tudo que foi construído e sacrificou os brasileiros e brasileiras, cobrando gasolina cara e vendendo propriedades imprescindíveis ao plano estratégico de uma empresa como a Petrobras, que abandonou sua função também social, conforme prevê a Constituição Federal.”
De acordo com o ministro, a Petrobras sob Bolsonaro se retirou dos estados e privilegiou a venda de óleo cru para o exterior, transação isenta de tributos.
“Vamos voltar a ter uma Petrobras lucrativa, mas pelos investimentos no futuro, não com lucros vendendo a prataria da casa ou com gasolina cara”, justificou o ministro.
O governo anunciou nesta segunda-feira (27) que voltará a cobrar tributos federais sobre gasolina e etanol a partir de quarta (1º).
Os detalhes da tributação sobre combustíveis ainda não foram anunciados e aliados do governo ainda falavam nesta segunda que ela deveria contar com algum gradualismo e escalonamento. A expectativa é de que haja alguma definição ainda nesta terça-feira (28).
“Definitivamente, não podem ser tributos imprescindíveis a melhorar a moradia, estradas, energia elétrica, combater a fome e a miséria do povo Brasileiro que devem financiar o lucro seja de quem for”, vaticina Silveira.
Ele destaca também a gestão de Lula em seus dois primeiros mandatos. “O governo do presidente Lula descobriu o pré-sal, gerou empregos, desenvolvimento e inovação em todo o país”, compara.
Fábio Zanini/Folhapress