Defesa de Ibaneis vai esperar fim de intervenção para tentar retorno ao cargo
BrasilA defesa do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), pretende esperar o fim do período de intervenção federal na segurança pública, em 31 de janeiro, para avaliar uma possível medida judicial que o reinstale no cargo. Ibaneis foi afastado por 90 dias, por decisão de Alexandre de Moraes (STF).
“Quando a intervenção for concluída, e com o avanço das investigações, ficará claro que a visão de que o governador foi conivente com os atos é no mínimo deturpada”, diz seu advogado, Alberto Toron.
Há ainda o temor de aliados de Ibaneis de que sua vice, Celina Leão (PP), se consolide no cargo caso ele não retorne logo ao mandato.
Segundo Toron, seu cliente não foi conivente com os atos golpistas nem negligente, mas foi vítima de “sabotagem” em razão de informações incorretas que recebeu da cúpula da segurança do DF no domingo (8).
“Os fatos mostrarão que o governador nunca foi golpista. Ele reconheceu a vitória do presidente Lula, reconheceu a autoridade das suas decisões. Também ajudou na eficácia do plano de segurança da posse”, afirmou o advogado.
Ele acrescenta que não havia motivo para que Ibaneis não nomeasse Anderson Torres como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. “OIhando em retrospecto pode parecer um erro, mas naquele momento a nomeação atendia a um pedido da sua base política. Eles também já haviam trabalhado juntos, então não havia por que não nomear naquele momento”, disse Toron.
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo