Tarcísio é diplomado em SP; Eduardo Bolsonaro é vaiado e chamado de ‘mito’

Brasil

 

Derrotado por Tarcísio na eleição, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), que o apoiou no segundo turno, não compareceu.

Após o tucano lhe prometer “apoio incondicional” na campanha, Tarcísio escanteou tucanos após a eleição e vai desalojar aliados da legenda de pastas estratégicas em detrimento de nomes ligados a Gilberto Kassab (PSD) e de pessoas que trabalharam com o futuro governador em Brasília.

O prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) estava presente na diplomação com autoridades do TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo).

A cerimônia ocorre a onze dias da posse, em 1º de janeiro. Diferentemente da diplomação presidencial, o governador eleito não faz discurso. Tarcísio está formando seu governo, e já nomeou 13 secretários.

Tarcísio foi aplaudido, mas quem mais movimentou a plateia foi Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo mais votado por São Paulo, atrás de Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Eduardo recebeu muitas vaias, mas também foi chamado de “mito”. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), terceira mais votada no estado e apoiadora fiel de Jair Bolsonaro (PL), não compareceu à cerimônia.

Ao pegar o diploma, Mário Frias (PL), eleito deputado federal, bateu no peito e recebeu vaias de adversários e aplausos de aliados. Rosângela Moro (União Brasil), que também exercerá mandato na Câmara dos Deputados, foi vaiada. “Volta para Curitiba!”, gritaram da plateia.

Os primeiros a receber o diploma foram Boulos e Eduardo Suplicy (PT), os mais votados na esfera federal e estadual, respectivamente.

Depois, o tribunal diplomou federações, iniciando pelos parlamentares mais votados.

Deputadas estaduais do PSOL fizeram protestos silenciosos ao receberem os diplomas. Parlamentares da bancada do Movimento Pretas levantaram uma faixa que dizia “O povo preto quer viver”. Já a Bancada Feminista do PSOL levantou cartazes pedindo justiça a Felipe, que morreu durante visita e Tarcísio a Paraisópolis.

O TRE reprovou as contas de Tarcísio e de vários deputados federais, tais como Eduardo Bolsonaro, Boulos e Celso Russomanno (Republicanos), e estaduais, como Suplicy, Tomé Abduch (Republicanos) e Vinicius Camarinha (PSDB).

A reprovação não impede a diplomação dos eleitos, que podem recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

No caso do governador eleito, técnicos do TRE-SP apontaram falhas na prestação. O valor chega a R$ 35,8 milhões, o que representa quase 100% das despesas da campanha. A Procuradoria Regional Eleitoral seguiu o tribunal e recomendou a reprovação das contas, que ainda serão julgadas.

A equipe de Tarcísio apresentou novos documentos anexados no processo, que serão analisados.

 

Paula Soprana, Folhapress

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