Lula participa de festa após diplomação na casa de advogado e com presença de Moraes

Brasil

Após cerimônia no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o futuro presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi a uma festa na tarde desta segunda-feira (12) na casa do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, para comemorar a diplomação.

A celebração conta com a presença do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, do vice-presidente da corte, Ricardo Lewandowski, e do corregedor-geral eleitoral, Benedito Gonçalves. Os três relataram ações durante as eleições que envolveram Lula e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A festa ainda tem como convidados futuros ministros do governo, como Fernando Haddad (PT), que será chefe do Ministério da Fazenda, e Rui Costa (PT), que vai comandar a Casa Civil.

Também acompanharam a festa alguns parlamentares e aliados de Lula.

Os ministros do STF Dias Toffoli e Gilmar Mendes ainda participam da festa, além do presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas.

O empresário José Seripieri Filho, que deu carona a Lula em seu avião na viagem ao Egito, participou da confraternização. Ele deixou a mansão no mesmo momento em que Lula foi embora

A casa do advogado fica no Lago Sul, um bairro de classe alta de Brasília. Kakay foi advogado de alguns dos principais alvos de operações como a Lava Jato e integra o grupo Prerrogativas.

Moraes e o TSE são alvos constantes de protestos de apoiadores de Bolsonaro e dos discursos do próprio presidente.

O futuro ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse que não há problema em ministros do TSE participarem da festa de Lula. “Tem que levar a coisa com tranquilidade, com serenidade”, disse ele ao deixar a mansão.

Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que o coquetel é “suprapartidário”.

Em setembro, Lewandowski negou pedido de Bolsonaro para afastar Moraes de julgamento de ação que vetou que sejam feitas transmissões com cunho eleitoral no Palácio da Alvorada.

Já Moraes condenou o PL a pagar multa de quase R$ 23 milhões por litigância de má-fé, afirmando que a legenda de Bolsonaro tentou “tumultuar o próprio regime democrático brasileiro” ao pedir a anulação de votos do segundo turno.

Mais cedo, na cerimônia de diplomação, Lula elogiou a atuação do STF e do TSE nas eleições e citou “firmeza na defesa da democracia e da lisura do processo eleitoral”.

A cerimônia de entrega do diploma de eleito reforça a vitória de Lula em meio a atos antidemocráticos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, derrotado na tentativa de reeleição.

 

Mateus Vargas/Catia Seabra/Folhapress

Deixe sua avaliação!

Mais Notícias de Brasil