Transição quer ouvir partidos da base de Bolsonaro antes de apresentar PEC
BahiaO comitê de transição de governo pretende ouvir integrantes de partidos da base aliada do presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de apresentar o texto final da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que pretende tirar o Bolsa Família do teto de gastos.
A ideia é fazer uma reunião mais ampliada na próxima quinta-feira (24), que inclua as legendas que já fazem parte do arco de alianças do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e outras como PP, PL e Republicanos.
O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) deve conduzir o encontro, que poderá ocorrer na sede da transição, o CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em Brasília. Parlamentares que participam das articulação para a aprovação do PEC afirmam que, só após a reunião, o texto final deve ser formatado e apresentado ao Congresso Nacional.
Líderes da base de Bolsonaro consultados pelo Painel, no entanto, não tinham sido comunicados ainda do encontro. Senadores, deputados e presidentes dessas siglas disseram não ter conhecimento da agenda.
Carlos Portinho (PL-RJ), líder do PL no Senado, disse estar disponível para o diálogo, mas avalia que op aceno chega tarde. “Sempre estive à disposição no que há convergência: Auxílio Brasil com R$ 200 a mais (R$ 52 bi fora do teto) e salário mínimo não acima, mas no valor inflação”, disse.
Auxiliares da transição esclarecem que a agenda ainda está sendo construída e que tanto Lula quanto Alckmin devem entrar na articulação com os partidos que apoiam Bolsonaro. O petista só deve chegar a Brasília na quarta-feira (23).
As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo.
Folha de S. Paulo