Partido de Bolsonaro na Assembleia está dividido entre oposição radical e voto crítico no governo Jerônimo Rodrigues

Bahia

Eleitos para a próxima legislatura da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), os quatro deputados estaduais do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, estão divididos com relação à postura que adotarão em relação ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT) a partir de janeiro próximo. Dois deles, considerados os mais “bolsonaristas”, afirmam que farão oposição ao futuro governo.

Em contato  os deputados eleitos Leandro de Jesus e Diego Castro, que contaram com o chamado voto ideológico bolsonarista no pleito, declaram que não vão “trair” seus eleitores e procurarão enfrentar o governo na Assembleia. Leandro argumenta que os números dos governos estaduais anteriores colocam a Bahia “nos piores índices do Brasil em diversos setores”.

“Seremos oposição ao governo do PT na Bahia e no Brasil. Não teremos outra postura do que nos posicionarmos, de forma veemente, em oposição ao petismo, que há 16 anos faz com que a Bahia tenha os piores resultados em diversos setores essenciais. Seguiremos este posicionamento e faremos valer o voto de confiança de todos os nossos eleitores que estão cansados deste desmando”, afirma o deputado eleito, que é advogado e presidente do Instituto Bahia Conservadora.

Já Diego Castro, que contou com apoio da ex-candidata ao Senado Raissa Soares (PL), também falou em cumprir o que foi prometido na campanha. “Não irei me curvar diante de ataques às nossas liberdades, ao direito de propriedade e aos nossos valores cristãos. Fomos eleitos por baianos que buscam mudança e pensam dessa mesma forma, por milhares de pessoas que não concordam e nem estão satisfeitas com a atual situação da Bahia. Não poderíamos ter outra postura do que ser oposição ao governador eleito. Podem esperar de nós muito empenho e determinação para colocar a Bahia no rumo certo”, declara.

O empresário Raimundinho da JR, terceiro mais votado do PL nestas eleições, no entanto, pretende se colocar de maneira mais independente no Parlamento baiano, fazendo uma espécie de oposição crítica, com a qual vai apoiar aquilo que considerar importante para o Estado. Segundo salienta, ele vai “lutar por uma Bahia melhor” e votar no “que for melhor para o nosso povo”.

Campeão de votos do partido, o ex-presidente estadual da sigla, Vitor Azevedo, não respondeu aos questionamentos sobre a sua postura na Assembleia até o fechamento desta matéria, mas seus colegas acreditam que ele também tende a se posicionar de maneira mais flexível na Assembleia, uma vez que, segundo relatos, prefeitos ligados a ele votaram abertamente a favor do candidato do PT na Bahia.

Na última semana, o PL anunciou que irá caminhar junto ao Solidariedade na Assembleia. Juntos, os dois partidos vão formar uma bancada de seis deputados estaduais. Com a união, as siglas conquistam espaços na estrutura do Legislativo, como mesas e comissões parlamentares, já que o requisito mínimo para a formação de bloco parlamentar é de seis deputados.

 

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