Após ser tirado da disputa em 2018 por um julgamento suspeito, o povo reconduz Lula à presidência da Republica
BrasilLuiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente neste domingo (30) ao derrotar no segundo turno o atual presidente Jair Bolsonaro do (PL). Lula era o candidato em 2018 quando o Juiz Sergio Moro que hoje é senador eleito e apoiador de Bolsonaro, o condenou e o tirou da disputa naquela época e ficou comprovado que houve imparcialidade dele e de sua equipe. Se assim não fosse, Lula não seria novamente candidato e dessa vez, foi o povo quem o julgou e o recolocou como presidente do Brasil. Lula passou por um calvário e mesmo com a truculência da Policia Rodoviária Federal que a pedido e organização do atual presidente Bolsonaro, mesmo assim não o impediu de ser vitorioso. A votação de 2022 foi a maior da história do país, em número de votos. É a primeira vez que um presidente não consegue a reeleição na história.
A vitória foi confirmada às 19h57 com 98,86% das das seções apuradas, com Lula chegando a 59.563.912 votos, representando 50,8%. Contra 49,2% de Bolsonaro, que obteve até o momento 57.627.462.
O embate ocorreu após a realização do primeiro turno, onde Lula teve 48,43% dos votos, totalizando 57.259.504 votos válidos. Já Bolsonaro atingiu 43,2% dos votos, com 51.072.345 votos válidos.
O petista conseguiu compor a maior coligação da corrida presidencial. Além do PSB, PV e PC do B (que fecharam uma federação com o PT), o grupo inclui Solidariedade, PSOL, Rede e Avante. Com Geraldo Alckmin (PSB) na vice, Lula teve o maior tempo de TV entre os candidatos – 3 minutos e 16 segundos, além de caixa reforçado para bancar a campanha. No segundo turno, Lula conseguiu o apoio de outras legendas, incluindo o PDT e do MDB, que tiveram candidatos na disputa.
A eleição de 2022 foi a sexta vez disputada por Lula, que é o primeiro candidato de uma federação partidária, modalidade de aliança que consiste na união de duas ou mais partidos. O petista, que foi presidente do Brasil de 2003 a 2011, sucederá Jair Bolsonaro, eleito em 2018.