Trump pede voto em Bolsonaro e chama Lula de ‘lunático’

Brasil

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump pediu nesta sexta (28) que brasileiros votem em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, marcado para domingo (30), e descreveu o petista Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas, de “lunático”.

Trump falava na Truth Social, a rede social que criou após ser banido das principais plataformas. “No domingo, vote no presidente Jair Bolsonaro, ele nunca vai te decepcionar”, disse o republicano. “Ele é um grande e respeitado líder, e também um cara com grande coração”.

Sobre Lula, escreveu: “Seu oponente, ‘Lulu’, é um lunático da esquerda radical que destruirá rapidamente seu país e todo o tremendo progresso que foi feito sob o presidente Bolsonaro”.

Trump já havia manifestado apoio a Bolsonaro antes mesmo do primeiro turno das eleições. Também em sua rede social, disse que o brasileiro “amava o Brasil cima de todas as coisas”. E brincou com a comparação que fazem entre os dois: “O presidente Jair Bolsonaro, ou ‘o Trump tropical’, como ele é chamado afetuosamente”.

Ele é o mais expressivo aliado de Bolsonaro no cenário internacional. Seu filho, Donald Trump Jr., é outro apoiador conhecido —ele já afirmou que Bolsonaro “é um grande amigo dos EUA e a única pessoa que pode parar a disseminação do socialismo e comunismo na América do Sul”.

Os dois líderes, além da agenda ideológica, compartilham também métodos adotados da liderança de seus respectivos países. Como Trump fez nos EUA, Bolsonaro também oxigena teses infundadas sobre fraude no processo eleitoral.

Como mostrou a Folha, membros da alta cúpula do Judiciário brasileiro analisam que o presidente e candidato à reeleição pode também estar se inspirando em seu aliado americano para questionar o resultado das eleições caso perca.

Nos EUA, Trump insuflou seus apoiadores a invadirem o prédio principal do Capitólio, a sede do Legislativo, em 6 de janeiro de 2021, dia no qual parlamentares confirmavam a vitória de Joe Biden. O episódio, o maior ataque recente à democracia americana, inspiraria Bolsonaro a também alardear seus apoiadores em um cenário de derrota.

 

Folhapress

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