Jerônimo dispara contra emissora após “debate solo” de Neto

Em postagem no twitter, Jerônimo fez um duro ataque à decisão da emissora, que é gerida pela vice de Neto, Ana Coelho (Republicanos), ao afirmar que a mesma não tem parcialidade no tratamento dos candidatos envolvidos no segundo turno.

“A Bahia tem lado e a TV Aratu também”, iniciou. “No 1o turno, a TV Aratu, que tem como CEO Ana Coelho (vice da outra chapa), não realizou o debate, porque algumas pesquisas apontavam a vitória do ex-prefeito. Eu estive em todos os debates e disposto a debater ideias e propostas, mas ele fugiu. A resposta das urnas foi outra e, agora, decidiram fazer um debate. Decidimos não participar. Por um motivo simples: respeito ao nosso eleitorado e não ser conivente com essa parcialidade”, pontuou o petista.

Jerônimo afirmou ainda que a TV Aratu é uma concessão pública e que por isso deve respeitar um interesse público, o estado democrático e o povo baiano.

O coordenador de campanha de Jerônimo, o deputado federal Luiz Caetano (PT), afirmou que o PT já conversa internamente para tomar uma decisão, judicial ou não, sobre o que fazer com o tempo fornecido ao adversário em TV aberta. “Ele está desmontado. Ele quer debater o que mais com Jerônimo?”, alfinetou.

A emissora, dirigida pela vice na chapa de ACM Neto, Ana Coelho, não realizou nenhum debate no primeiro turno, período em que o ex-prefeito de Salvador decidiu se ausentar em dois dos três encontros com adversários.

Por outro lado, Jerônimo, João Roma (PL) e Kleber Rosa (PSOL) estiveram em todos os três debates, realizados pela Band, TVE e TV Bahia.

Candidato a vice na chapa de Jerônimo, Geraldo Junior (MDB) também criticou a realização do debate. “O outro lado está desidratando e, neste momento, a direção da TV Aratu muda de ideia e quer realizar um debate. Eis uma postura tendenciosa”, disse.

Posicionamento parecido teve o vereador de Salvador, Henrique Carballal (PDT), que cutucou a campanha de ACM Neto por não ter participado dos debates no primeiro turno, quando segundo ele, havia mais espaço para debater. “Agora é hora de correr a Bahia para levar nossa mensagem de esperança de um Brasil melhor para os quatro cantos do Estado”, alegou.