Salvador terá 100% da frota de ônibus nas estações em horários de pico, anuncia Neto

Bahia

por Bruno Luiz

Salvador terá 100% da frota de ônibus nas estações em horários de pico, anuncia Neto

Foto: Max Haack/ Secom/ Divulgação

A prefeitura de Salvador vai aumentar para 100% a circulação da frota de ônibus nas estações de transbordo em horários de pico na capital baiana, a partir desta terça-feira (27). A quantidade de veículos nas ruas é menor desde o início da pandemia de coronavírus, com a paralisação das atividades econômicas, e não voltou ao período anterior à crise sanitária desde a retomada dos serviços.

 

Em coletiva nesta terça, o prefeito ACM Neto detalhou como vai funcionar o esquema de aumento da frota. Pelo acordo assinado com as concessionárias do transporte público, a capacidade máxima será colocada nas quatro estações de transbordo (Lapa, Mussurunga, Pirajá e Acesso Norte), das 5h30 às 8h30 e das 16h30 às 19h30. Com isso, dos 2214 ônibus que compõem a frota da capital, 1.900 voltarão às ruas. Veja abaixo como vai se dar a distribuição dos veículos por local:

Foto: Captura de tela/ Divulgação/ Prefeitura de Salvador

 

A ampliação coincide com o pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) que, em ação civil pública, solicitou à Justiça que a prefeitura colocasse 100% da frota em circulação (relembre). O prefeito negou qualquer relação entre o anúncio desta terça e a medida do MP.

 

Neto falou também sobre a situação financeira das concessionárias do transporte público e disse que a gestão vai precisar investir R$ 107 milhões para evitar a quebra delas e um consequente colapso na prestação do serviço. Apesar do gasto, ele descartou aumento na preço da passagem em 2020, como forma de reforçar o caixa das empresas. 

 

“Se nós não fizéssemos esse aporte, haveria risco de colapso de serviço essencial, pois, se uma empresa para, os ônibus não vão para as ruas e muita gente fica sem transporte, e de perda de postos de trabalho, com a demissão dos rodoviários”, justificou em entrvista coletiva nesta manhã.

 

A situação financeiras das concessionárias se agravou com a crise sanitária provocada pela Covid-19, que diminuiu a procura pelo transporte. Segundo a Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob), entre março e julho, quando grande parte das atividades econômicas foram suspensas, a demanda por ônibus ficou 66% menor do que no pré-pandemia. Entre agosto e outubro, com a retomada de boa parte dos serviços, houve recuperação, mas apenas de 26% em relação a períodos normais. Atualmente, 750 mil passageiros são transportados em média, diariamente, no transporte público, o equivalente a 60% da demanda total. 

 

De acordo com números divulgados pelo prefeito, dos R$ 107 milhões, R$ 55 milhões foram gastos com a intervenção municipal na CSN, uma das três bacias que operam o transporte público na cidade, e mais R$ 47 milhões foram injetados nas outras duas, para evitar a quebra delas. Outros R$ 5 milhões foram investidos em compra de vales-transporte para uso em programas sociais pós-pandemia.

 

Do valor total, R$ 92 milhões serão desembolsados até dezembro deste ano e mais R$ 15 milhões ficarão no caixa da prefeitura para o próximo prefeito. 

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