Novo advogado de ex-presidente do TJ-BA já defendeu Dilma Rousseff em impeachment
Bahiapor Cláudia Cardozo / Maurício Leiro
Presa há 151 dias, a desembargadora Maria do Socorro, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), tenta utilizar todos os remédios jurídicos para conseguir liberdade. Desde que foi presa no dia 30 de novembro de 2019, na Operação Joia da Coroa, desdobramento da Operação Faroeste, a desembargadora tem mudado o corpo jurídico de sua defesa. Ela está detida no Presídio da Papuda, em Brasília.
No início, a defesa era feita pelo advogado André Luis Callegari, especialista em lavagem de dinheiro e delação premiada (saiba mais). Posteriormente, entrou no caso o advogado João Paulo Cunha, ex- deputado pelo PT e ex-presidente da Câmara dos Deputados (veja aqui). Logo depois, a advogada Naiara Mendes Pinheiro passou a cuidar do caso, mas ficou por pouco tempo (leia aqui). Atualmente, a defesa é feita pelo advogado Bruno Espinheira Lemos, criminalista e procurador do Estado da Bahia em Brasília. Ao Bahia Notícias, o advogado contou que tem estudado o caso com afinco e descarta ingressar com outro pedido de habeas corpus no momento para tentar colocar em liberdade ou em prisão domiciliar a magistrada baiana. Sobre os rumores de delação, o advogado também disse que “não há hipótese de se delatar sem ter efetivamente o que dizer”.
Com prestígio entre os colegas, Bruno Espinheira Lemos já foi cogitado para assumir uma vaga de conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele atuou como procurador do Estado da Bahia na disputa de uma área de 30 mil hectares localizada na fronteira da Bahia com Goiás. O advogado também já defendeu Lúcio Funaro, investigado na Lava Jato, antes deste fazer delação premiada. Funaro era apontado como um dos doleiros do esquema de corrupção. Bruno Espinheira já atuou na defesa da ex-presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment ao lado do ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, em 2016. Já o ex-ministro, atualmente, advoga para o falso cônsul da Guiné Bissau, Adailton Maturino, preso na 1ª fase da Operação Faroeste, ocorrida no dia 19 de novembro de 2019.