Muquém, Riacho de Santana e Camamu, três casos diferentes-Por Levi Vasconcelos
BahiaDias atrás escrevemos que Camamu, no baixo sul, iria protagonizar um caso exótico na Justiça Eleitoral: a prefeita Ioná Queiroz (PT) foi cassada porque em 2016 registrou a candidatura quando ainda faltavam alguns dias para vencer a inelegibilidade a ela imposta por outra cassação, em 2011.
E o curioso, o TSE convocou novas eleições, mas Ioná está habilitada a disputá-la. A Justiça não dizia, com base no Art. 224 do Código Eleitoral, que não pode participar de nova eleição quem deu causa a anulação da outra?
Chapa dividida — O deputado Vítor Bonfim (PL) lembrou que há precedentes. Em 2013 Márcio Mariano (PP), de Muquém do São Francisco, no oeste baiano, foi cassado pelos mesmos motivos de Ioná, o registro dele foi indeferido. Marcou-se nova eleição em 2013 mesmo, Mariano disputou após julgamento do TRE sobre a elegibilidade dele ou não, ganhou e governou.
Outro caso exótico ocorreu em Riacho de Santana. Lá, o vice João Daniel de Castro (PDT) foi acusado de abuso do poder econômico nas eleições de 2008. O TRE cassou ele e o prefeito Alan Vieira (PSD), mas, no TSE, o ministro Luís Roberto Barroso, manteve a cassação do vice, mas salvou o prefeito.
Argumentou que nas eleições de 2016 os dois estavam aptos, a cassação do registro do vice foi depois. Mas não diziam que prefeito e vice formam uma chapa indivisível? Diziam, mas não é mais bem assim.
Dal admite ser candidato
Empresário bem-sucedido, dono de uma rede de postos de combustíveis, o deputado Dal (PP) trabalha com a ideia de lançar em torno de 25 candidatos a prefeito em 2020, aí inclusa Maíra, a esposa dele, em Amargosa.
Ele diz que não pensa em ser deputado federal, prefere ficar por aqui, mas faz a ressalva de que, se for o caso de discutir novas candidaturas, será a dele em 2020:
– Isso, sim, é uma possibilidade. Em Amargosa.
Leão lamenta pela Odebrecht
Amigo do velho Norberto Odebrecht, fundador da Construtora Odebrecht, agora em recuperação judicial, João Leão, o vice-governador também secretário de Desenvolvimento Econômico, diz que é caso de se lamentar:
– Em circunstâncias normais, a Odebrecht estaria no projeto da ponte Salvador-Itaparica. Ela construiu a ponte Vasco da Gama, em Portugal, em parceria com a Vinci, que hoje administra o aeroporto de Salvador.
Wagner deixa pauta para Rui
Diz o senador Jaques Wagner (PT) que quem vai pilotar a forma com que os partidos da base governista irão às urnas em Salvador é Rui Costa, ele apenas vai dar pitaco, se for chamado:
– Lídice da Mata já conversou com Rui sobre isso e ele pediu para deixar para mais adiante. Hoje temos Isidório e quatro nomes do PT.
E Guilherme Bellintani (presidente do Bahia)?
– Se o Bahia continuar numa boa, quem sabe?
Leo Prates, um netista no olho do furacão midiático
Bruno Reis, o vice de Salvador, João Roma, deputado federal, e Leo Prates, estadual licenciado para assumir a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), formam o núcleo do birô de ACM Neto.
De repente começa a surgir na mídia que Leo Prates pode ir para a Secretaria da Saúde, onde está Luiz Galvão, indicado de João Roma.
Pergunta a Leo: qual é o caso?
– Sinceramente eu não sei. Comigo Neto nunca tocou no assunto. Pode ser intriga.
A intriga aí, se é que, teria como alvo criar furdunço no núcleo duro de Neto. Certo é que Luiz Galvão toca a vida como se nada estivesse acontecendo; João Roma está calado; Neto também; e Leo só diz que nada sabe.
POLÍTICA
COM VATAPÁ
Viagem perfumada
Essa quem conta é o Capitão Tadeu, ex-deputado, testemunha ocular do fato.
Coisa de cinco anos atrás, em viagem à Espanha, o empresário Josair Bastos, um dos vice-presidentes de Ricardo Alban na Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), esbaldou-se em alegria ao comprar um perfume Paco Rabanne, paixão da vida inteira.
Esqueceu um detalhe: a alfândega só permite o transporte de até 100 ml, 0,1% de um litro, o dele era de 200. No aeroporto de Madri, o frasco foi apreendido, o fiscal colocou no local das apreensões, para a tristeza de Josair.
Parou, pensou, virou para o fiscal, pediu:
– Deixe eu ver o frasco.
Atendido, abriu e derramou todo sobre o corpo de um só vez. E saboreou a vingança:
– Também ele não fica!
Embarcou no avião, incômodo geral, todo mundo reclamando, os vizinhos de poltrona puxando lenços para tapar o nariz, e Tadeu, por trás, girando o dedo pelas têmporas insinuando que ele não regulava bem da bola.